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Com produção suspensa há 11 dias, Butantan prevê chegada de matéria-prima em 20 de abril

O Instituto Butantan anunciou na quinta-feira (8) que a remessa de matéria-prima da CoroanaVac, que está atrasada, deve chegar em São Paulo até dia 20 de abril. O processo de envase da vacina foi suspenso há onze dias por conta de um atraso no despacho de insumos produzidos na China, disse o diretor do instituto, Dimas Covas, na quarta (7). O diretor chegou a dizer que a expectativa era a de que esse lote chegasse até esta quinta.

De acordo com o comunicado desta quinta, com a liberação da exportação, o Butantan deve receber um lote de 3 mil litros de insumos, suficientes para a produção dessas 5 milhões de doses da vacina, até o próximo dia 20. Uma segunda remessa, com mais 3 mil litros, está prevista para chegar até o final do mês.

Segundo o instituto e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o atraso não vai impactar as entregas previstas ao Ministério da Saúde, e o contrato com o governo federal para entregar 46 milhões até o final de abril será cumprido.

No entanto, na quarta, Dimas Covas declarou que o processo completo até a liberação das doses para o Ministério da Saúde dura cerca de 20 dias após a chegada dos insumos. De acordo com este cálculo, caso a nova remessa chegue no dia 20 de abril, a liberação das doses poderia ocorrer apenas no dia 10 de maio.

Desde janeiro, o Butantan já disponibilizou 38,2 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). O contrato com o governo federal, no entanto, prevê a entrega de 46 milhões até o final de abril – portanto, há ainda outras 7,8 milhões de doses a serem entregues ainda neste mês.

O instituto afirmou nesta quarta que possui cerca de 3,2 milhões de vacinas já envasadas e em processo de inspeção de controle de qualidade, que devem ser liberadas até o dia 19 de abril.

Mesmo com a entrega dessas doses, cerca de 4,6 milhões de doses ainda precisariam ser envasadas e inspecionadas até o final do mês para que o Butantan cumpra o cronograma firmado com o governo federal. O diretor do instituto, Dimas Covas, disse na quarta que o envase de vacinas no Butantan estava suspenso há 10 dias e que todas as doses provenientes do material recebido da China já haviam sido envasadas.

Segundo ele, um carregamento de insumos que estava previsto para esta quinta-feira (8) sofreu atrasos. Dimas Covas afirmou, no entanto, que o cronograma de entregas de vacinas ao Ministério da Saúde está mantido. O instituto informou ainda que negocia com o governo chinês para receber as novas remessas.

Com informações: G1 SP

Foto: divulgação