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Com venda de motos em alta, Campinas emplaca 39% menos carros novos do que pré-pandemia

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Com o mercado aquecido durante a quarentena da Covid-19, principalmente pela maior demanda por serviços de entrega, a venda de motos novas continua em alta em Campinas (SP), com volume de negócios superior ao registrado em 2019, por exemplo. Por outro lado, os emplacamentos de carros zero quilômetros nos cinco primeiros meses de 2021 despencaram 39,4% na comparação com os mesmos meses no pré-pandemia, segundo dados da Fenabrave, associação dos concessionários.

Em relação a 2020, já com impactos da pandemia a partir de março, os números de vendas de carros novos em 2021 são melhores – alta de 23,6% (veja números abaixo). No entanto, por conta das medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19, o emplacamento de veículos deixou de ser realizado pelo Detran.SP entre os dias 21 de março e 26 de maio do ano passado.

Emplacamentos de veículos em Campinas

Período Auto Moto
Jan-Mai/2019 9.222 2.511
Jan-Mai/2020 4.516 1.426
Jan-Mai/2021 5.583 2.722
Fonte: Fenabrave

Na avaliação do economista Mário Guerreiro, o cenário atual econômico, com número elevado de pessoas desempregadas, queda de renda e ainda incertezas quanto a pandemia afetam compras de maior valor agregado.

Ele pontua que alguns segmentos, como os de luxo, não foram tão afetados. Mas para quem depende de crédito, os financiamentos a longo prazo deixam de ser tomados por medo do comprometimento ainda maior da renda.

“Nosso maior problema é microeconômico, aquele que depende de investimentos, de políticas para movimentar a economia interna, e ele começa a dar sinais de recuperação, pífios, mas são sinais de melhora. Acredito que no ano que vem, com a população vacinada em grande parte, e também com as eleições, a economia encorpe um pouco mais”, avalia Guerreiro.

 

Delivery em alta

 

Sobre a venda de motos, que registrou alta de 8,4% em relação aos cinco primeiros meses de 2019, o economista reforça que essa é uma tendência que deve continuar mesmo com um eventual fim da pandemia.

“Os serviços de delivery, por exemplo, devem continuar se expandido mesmo com a volta à normalidade”, pontua.

 
 
Com informações: G1 Campinas 
 
Foto: divulgação

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