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Comerciantes reclamam de falta de segurança no Cecap

HUGO ANTONELI JUNIOR

O Comando Notícia percorreu alguns comércios do bairro Cecap, em Indaiatuba (SP), na tarde desta segunda-feira (15) e conversou com comerciantes e pessoas que moram nas redondezas da praça Renato Villanova. O clima é de insegurança, principalmente entre os donos de algumas lojas. “Diminuiu muito o patrulhamento da Guarda Civil aqui. A gente vê mais motos, mas elas passam muito rápido”. Na semana passada, o Comando Notícia mostrou um roubo em que a vítima foi abordada e agredida por pelo menos três ladrões.

“Eu já sofri três assaltos”, disse um comerciante que não será identificado. “Na última vez eu fui atrás e ele disse que ia me matar”, relata. Além dos roubos, os furtos também assustam. “Não consigo nem contabilizar às vezes, porque estes furtos geralmente quem faz são mulheres e elas são muito rápidas”, conta. Os dados mais recentes da SSP mostram que os furtos cresceram 37% na cidade.

A insegurança afasta clientes e piora uma situação que já é complicada no comércio. “No último assalto tinha um cliente dentro da loja. Eu cheguei a colocar câmera, mas ele não se intimidou. Você acha que a cliente volta? Volta nada. Aí fica difícil”, reclama. Os moradores em situação de rua e usuários de drogas também são alvos de queixas. “Eles ficam na porta esperando o cliente sair para pedir”, disse outro comerciante.

Os empreendedores que conversaram com o Comando Notícia informaram que há medidas com algumas forças policiais da cidade para diminuir a violência. “Temos um grupo no WhatsApp e isso ajudou a solucionar algumas coisas”, afirma. “Prometeram um posto policial para a praça faz uns dois anos, mas nunca aconteceu, ficou só no papo. Falar até papagaio fala”, reclama. Outro índice que cresceu na cidade foi o de roubos.

Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública houve alta de 126%. Isso entre os crimes registrados, porque alguns não chegam ao conhecimento da polícia. “Não adianta nada. Você às vezes leva tudo lá e eles nunca investigam”, reclama outro comerciante. “Estes dois últimos roubos eu nem registrei”, diz. 

Para alguns comerciantes a violência não é um problema. “Nunca fui assaltado”, diz um deles. “Mas a gente ouve que nas redondezas teve furtos ou roubos. Isso é ruim para todos porque não gera emprego se não tem movimento”, diz. Outro entre os que conversaram com a reportagem foi direto. “Aumentar o policiamento não adianta nada se o povo não tiver educação.”

foto: Reginaldo Rodrigues/Comando Uno/Comando Notícia