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Condutor do Cão Max, de Itupeva, detalha buscas por mulher em Alumínio

HUGO ANTONELI JUNIOR

O guarda civil municipal Santos, de Itupeva (SP), conversou com o Comando Notícia sobre as buscas ao corpo de Aline Silva Dantas, de 19 anos, que desapareceu na cidade de Alumínio (SP). O cão Max, especializado em mantraining – busca de pessoas -, foi solicitado e auxiliou no encontro do cadáver e também na investigação para descartar suspeitos na investigação. Aline desapareceu no domingo (8) e foi encontrada na quarta-feira (11).

“O primeiro contato da investigação com nós da Guarda de Itupeva foi na segunda à noite e na terça à tarde já estávamos no local. O trabalho se iniciou no período da tarde no local onde foram feitas as últimas imagens dela. O cachorro desenhou a trilha deste bairro até a mata”, relata. 

“Como o faro é das células que o corpo solta, o caminho feito pelo cão não é feito em linha reta, fica em zigue-zague. Tivemos que interromper os trabalhos por causa da noite e no dia seguinte retomamos. Para coletar o odor dela, usamos uma bota fechada que tinha usado uns dias antes, segundo disse a família”, conta.

Foi um dos trabalhos mais difíceis da equipe e exigiu muito de todos, conta Santos. “O Max eliminou um bom trecho perto do rio e diminuiu a área de buscas. Voltamos para o ponto onde tínhamos parado e dali para o encontro do corpo foi bem rápido. A localização foi do próprio Max. Ele indicou as madeiras onde estava escondido.”

Treinamento

Esta é o 25º caso em que Max atua e o treinamento é bastante intenso. “A partir do momento em que o cachorro é iniciado no mantraining ele só para com a aposentadoria. Há treinamentos semanais e mensais. O treino consiste em simulações. Fazemos fora da cidade com grupos em Sorocaba ou em Araçoiaba da Serra, intensificando com várias pessoas”, conta.

“Nestes 25 trabalhos houve buscas aqui em Itupeva, em cidades vizinhas e até em outro estado, como Minas Gerais. Algumas são buscas a pessoas e outras são de faro investigativo, como foi no caso Vitória, que apontou o acusado e descartou suspeitos.”

O caso

Aline desapareceu no domingo e foi encontrada quatro dias depois. A Polícia Civil ainda não tem suspeitos do crime. A participação do marido já foi descartada pelo faro dos cães. Sabe-se, por exames, que ela tentou se defender de um possível estrangulamento. O corpo estava carbonizado.

fotos: arquivo/Comando Notícia