Política

Cotado para embaixador nos EUA, Eduardo Bolsonaro teve 10% dos votos de Indaiatuba

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) anunciou nesta sexta-feira (12) que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, “expressou apoio” a uma eventual indicação sua para assumir o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Eduardo se reuniu no Itamaraty com o ministro. Na quinta (11), o presidente Jair Bolsonaro, pai do deputado, manifestou intenção de nomear o filho para o posto em Washington.

“Na verdade, eu vim para uma reunião que já estava previamente agendada antes desses fatos que vieram à tona ontem [quinta]. Mas obviamente, eu também aproveitei a oportunidade para falar com o chanceler, ele expressou apoio ao meu nome por ocasião da minha possível indicação à embaixada dos Estados Unidos”, afirmou Eduardo.

Votação em Indaiatuba

Eduardo teve mais de 10% dos votos válidos em Indaiatuba (SP) nas eleições do ano passado, ou seja, de cada 100 eleitores que escolheram um deputado federal, um optou pelo filho de Bolsonaro. Ao todo foram 11.473 votos em outubro, sendo o deputado federal eleito mais votado na cidade. Se aceitar assumir o cargo de embaixador, Eduardo precisa renunciar ao cargo.

Confirmação do presidente

O deputado disse que ainda falta a confirmação por parte do presidente. Ele disse que deve se reunir com Bolsonaro até domingo para tratar do assunto. “Agora falta só conversar com o presidente Jair Bolsonaro e afirmar se essa é realmente a vontade dele”, disse o deputado, que afirmou que se reunirá até domingo com seu pai para discutir sobre o assunto.

Questionado se a nomeação poderia ser enquadrada como nepotismo, o deputado afirmou que conversou com sua assessoria jurídica e disse que essa possibilidade foi descartada. “Foi descartada. A súmula vinculante do STF, que trata do nepotismo, permite a indicação política do presidente, então acredito que isso não seria óbice a uma possível nomeação.”

Para que Eduardo possa exercer o cargo diplomático, precisa passar por uma sabatina e uma votação na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, além de uma votação no plenário da Casa. O filho do presidente teria, ainda, que renunciar ao seu cargo de parlamentar. A embaixada brasileira nos EUA está sem dirigente desde abril deste ano.

*com informações do G1

foto: divulgação