Política

Deputados mais votados em Indaiatuba “ajudam” Temer

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Os deputados mais votados na cidade em 2014 ajudaram a arquivar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na noite desta quarta-feira (25). O “campeão” de votos em Indaiatuba, Celso Russomano (PRB) – com mais de três mil foi a favor de Temer. Milton Monti (PR), Marcos Feliciano (PSC), Guilherme Mussi (PP), Herculano Passos (PSD) e Paulo Maluf (PP) endossaram o placar a favor do governo. Juntos, os seis deputados somaram mais de nove mil votos há cerca três anos.

Dentre os mais votados que foram contra o presidente estão Tiririca (PR), o mais votado dentre os que disseram “não”. Carlos Sampaio (PSDB) seguiu a recomendação do partido e também foi contra Temer. Andrés Sanchez (PT), Ivan Valente (PSOL) e Valmir Prascidelli (PT) também votaram pela denúncia prosseguir. Juntos, os cinco deputados somaram mais de seis mil votos. O placar final foi de 251 sim, 233 não, abstenção 2, num total de 486 e com 25 ausentes.

Com isso, o processo ficará parado enquanto Temer exercer o mandato, portanto, até 31 de dezembro de 2018.

QUEM VOTOU A FAVOR DE TEMER DENTRE OS MAIS VOTADOS EM INDAIATUBA

Celso Russomano (PRB) – 3.197 votos em Indaiatuba

Milton Monti (PR) – 1.614 votos em Indaiatuba

Marcos Feliciano (PSC) – 1.426 votos em Indaiatuba

Guilherme Mussi (PP) – 1.148 votos em Indaiatuba

Herculano Passos (PSD) – 1.039 votos em Indaiatuba

Paulo Maluf (PP) – 697 votos em Indaiatuba

QUEM VOTOU CONTRA TEMER DENTRE OS MAIS VOTADOS EM INDAIATUBA

Tiririca (PR) – 2.887 votos em Indaiatuba

Carlos Sampaio (PSDB) – 1.720 votos em Indaiatuba

Andrés Sanchez (PT) – 569 votos em Indaiatuba

Ivan Valente (PSOL) – 522 votos em Indaiatuba

Valmir Prascidelli (PT) – 370 votos em Indaiatuba

Denúncia

Temer foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. O entendimento de que o processo fica parado até o fim do mandato já foi aplicado, por exemplo, quando a Câmara rejeitou a denúncia contra Temer por corrupção passiva.

Na ocasião, o relator do caso no Supremo, ministro Luiz Edson Fachin, decidiu:

“Diante da negativa de autorização por parte da Câmara dos Deputados para o prosseguimento do feito em relação ao presidente da República, o presente feito deverá permanecer suspenso enquanto durar o mandato presidencial.”

Enquanto o processo contra Temer ficar parado, Fachin também deverá determinar a suspensão do prazo para a prescrição, interrompendo, assim, o tempo no qual a demora para o julgamento elimina a possibilidade de punição.

foto: divulgação