Cidades

Descarte irregular de seringas e vidros quebrados podem gerar risco à saúde

O descarte irregular de resíduos no meio ambiente pode acarretar sérios problemas de saúde para a população, causando entre outras, doenças alérgicas, de pele e respiratórias. Em se tratando de lixo hospitalar, as consequências podem ser ainda mais graves.
Segundo a Corpus Saneamento, empresa que presta serviços à Prefeitura, o descarte irregular de materiais como seringas e agulhas ainda ocorre, aumentando os riscos de contaminação e proliferação das mais diversas doenças. Os trabalhadores que estão na linha de frente da operação de coleta são os mais afetados.
”Na operação de coleta manual dos resíduos públicos, os coletores ficam vulneráveis a possíveis objetos cortantes dentro dos sacos, mesmo com o uso de luvas protetoras” informou a gerente de Segurança do Trabalho da empresa Corpus, Luciana Cassemiro.
O acondicionamento correto evita a contaminação das pessoas durante a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos. Já ocorreram acidentes com funcionários, que precisaram ser encaminhados ao hospital para tratamento e acompanhamento, pois não é possível saber a procedência do lixo descartado. No caso de agulhas e injeções há risco de contaminação por Hepatites B e C, HIV e muitas outras graves doenças transmitidas pelo sangue.
Correto descarte
 
Para fazer o descarte corretamente do material perfurante, a população deve procurar o Posto de Saúde mais perto de sua casa. Para evitar acidentes durante o transporte, a dica é colocar seringas e agulhas dentro de uma garrafa pet, visando impedir o contato direto.
No caso de empresas e profissionais da saúde que utilizam em consultórios esse tipo de material, há regras específicas para o acondicionamento. “Materiais perfuro cortantes, como seringas com agulha, por exemplo, são descartados nas caixas descarpack, especiais para este fim. Os demais itens como gaze e algodão, em saco de lixo branco leitoso’’, explicou Luciana.
O resíduo de serviços de saúde é classificado como perigoso pela Agência Brasileira de Normas e Regras (ABNT), não podendo ser destinado a aterros sem tratamento prévio. Antes, ele precisa ser incinerado ou aquecido sob pressão em ambiente controlado. Somente após passar por um destes processos, pode ser encaminhado para aterro sanitário apto a receber este tipo de resíduo.
Foto: divulgação