HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Um casal afirma ter passado um dia de descaso na saúde pública da cidade na segunda-feira (6). Segundo Daysy Helen e Junior Soares, residentes no Jardim Morada do Sol, eles foram mal atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (Upa), no “Posto da Mulher” e no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc). Eles gravaram um vídeo na Central de Ambulâncias, que fica junto ao Upa, no Morada do Sol, e publicaram nas redes sociais. O Comando Notícia foi até a casa deles na terça-feira (7) para saber mais sobre o caso. A Prefeitura respondeu [leia mais abaixo]
De acordo com Junior, Daysy foi diagnosticada com pedra no rim e tomou remédios para isso, porém, as dores da esposa não passaram e a suspeita é que ela estava com infecção urinária. De acordo com o casal, o Upa e o Haoc não realizaram exames e Daysy desmaiou, precisou de uma ambulância e não tinha nenhuma para atendê-los. Foi aí que o marido desesperado foi filmar o estacionamento delas no Upa.
“É um descaso total. Eu vou lutar pela minha mulher até o fim, porque depois, se eu perder ela, como faz? Eu vou processar todo mundo, porque o que fizeram com a gente não foi certo”, afirma. Na terça-feira (7), eles foram até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) 7 e os funcionários conseguiram uma tomografia para quarta-feira (8).
Os exames foram realizados. “A mulher da UBS falou que vai providenciar os exames o mais rápido possível. Tá todo mundo vindo para o meu lado depois desta história. O responsável das ambulâncias lá pediu ‘pelo amor de Deus’ para que eu tire, mas eu não vou tirar. Vou ir pra cima deles, já avisei o meu advogado. Vou processar eles e até mesmo o atendimento do Posto da Mulher, que falou que não podia fazer nada com a minha mulher desmaiada”, afirma.
Prefeitura rebate
A Secretaria Municipal de Saúde enviou uma nota ao Comando Notícia: “são inverídicas as informações divulgadas nas redes sociais com relação ao atendimento da Central de Ambulâncias, e esclarece o que segue: A paciente e seu acompanhante chegaram ao Ambulatório de Especialidades da Mulher e da Criança às 7h20 de segunda-feira (6) apresentando um pedido médico de ultrassonografia não urgente, solicitando a realização imediata do exame. Na unidade os exames são feitos mediante agendamento. A paciente, inclusive teve a ultrassonografia agendada e realizada na terça-feira (7) às 7h e passou por retorno médico na UBS 7 no mesmo dia.
Como ela alegava sentir dores, a recepcionista, que esteve o tempo todo junto dela, explicou que o protocolo indica que ela receba atendimento na Upa (Unidade de Pronto Atendimento), situada no mesmo prédio do Ambulatório de Especialidades da Mulher e da Criança e onde poderia ser levada de cadeira de rodas. Ainda assim, eles quiseram se dirigir ao Haoc e a Central de Ambulâncias foi acionada pela própria recepcionista do local.
É importante ressaltar que enquanto esteve no Ambulatório de Especialidades, a paciente não teve nenhum episódio de desmaio, como sugerem as imagens divulgadas. Ela entrou e saiu andando e conversando.
O atendimento foi classificado pela Central de Ambulâncias como amarelo, ou seja, intervenção rápida (até 60 minutos), sem risco de morte. O veículo para o transporte chegou em poucos minutos. A paciente deu entrada no hospital às 8h10, onde foi atendida e liberada.“
Foto: Comando Uno/Comando Notícia