Muito mais do que um símbolo japonês que representa paz e longevidade, o ginkgo biloba é uma árvore natural da Ásia considerada uma das mais velhas do mundo, um ‘fóssil vivo’ da botânica.
Apesar da fama de ancião, o ginkgo é ainda mais conhecido pelas propriedades medicinais.
“Ginkgo biloba L. é uma espécie muito antiga no planeta: surgiu há cerca de 190 milhões de anos na China e seu uso medicinal é secular, chegando a ser um dos fitoterápicos mais vendidos na Europa. Na fitoterapia chinesa as sementes eram utilizadas para questões respiratórias e urinárias, como chiado no peito e incontinência. No ocidente o extrato das folhas é tradicionalmente indicado para melhorar da circulação sanguínea e como anti-inflamatório e antialergênico”, explica a bióloga e terapeuta integrativa Thais Roque.
A planta pode ser consumida via oral em forma de tintura, pó ou comprimidos, feitos a partir das folhas. “Não é recomendada para gestantes, lactantes, pessoas com menos de 18 anos ou que sejam sensíveis as substâncias ativas”, explica Thais, que reforça outras contraindicações.
Folha de Ginkgo biloba durante ob outono fica amarela — Foto: Foto: Pixabay
Por promover a dilatação dos vasos sanguíneos e aumento da circulação é contraindicada:
1) Para pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes e antiplaquetários;
2) Concomitante ao consumo de produtos que contenham efavirenz ou derivados da cumarina;
3) Em período próximo a cirurgias, por pacientes epilépticos ou que tenham tendência de sangramento patologicamente aumentado.
“Nesses casos é recomendado o uso sob supervisão profissional. Ainda: pode ser tóxica em doses elevadas e causar efeitos adversos como hemorragias, dor de cabeça, tontura, diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos, reações alérgicas na pele e de hipersensibilidade no sistema imune”.
A bióloga destaca a importância de usar essa e outras plantas medicinais com supervisão e orientação de especialistas.