HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Otimismo. Esta é a palavra que define os lojistas indaiatubanos na véspera de mais um Dia dos Pais – comemorado no dia 13, próximo domingo. A expectativa é que as vendas aumentem e, com isso, o mercado se aqueça para o segundo semestre que abriga grandes esperanças aos comerciantes.
“Nossa campanha tem roupas iguais para pais e filhos, com isso, queremos mostrar que temos presentes para todos os gostos e preços”, afirma a crediarista Fabiana Casarin, da Montreal Magazine. As vendas devem aumentar 15%. “Temos presentes a partir de R$ 20, mas como ainda temos roupas de inverno, pode ser que quem venha comprar o presente também leve algo a mais”, afirma.
“A secretária Gabi Mercier ainda não decidiu com o que vai presentear o pai. “Ainda não comprei, mas devo fazer isso nos próximos dias”, diz. “É claro que é uma data comercial, porque todo dia é dos pais e o meu merece todos os presentes do mundo, mas com a crise que está atingindo a todos, neste ano ele vai ganhar uma camisa e um perfume”, afirma ela, que pretende gastar até R$ 200.
“O preço está na média de presente dos clientes da Michele Modas, de acordo com o gerente Rogério Mussi. “O mercado está muito instável, mas como temos uma cartela de clientes no crediário ajuda muito, pois a pessoa vem pagar o carnê e pode acabar comprando algo novo ou ver uma promoção”, diz. “Não sabemos muito como será neste ano, mas até agora estamos empatando nos gastos, mas há um sentimento positivo”, analisa.
Sentimento é o que não falta no presente do advogado Diego Munhoz, que apostou mais no valor emocional. “Pode parecer simples, mas neste ano darei uma foto ao meu pai. É um momento muito significativo para nós, estamos abraçados”, conta. O clique foi feito no casamento, quando o pai de Diego levou a noiva até o altar. “Como a minha esposa não tem pai, digamos assim, foi o meu que a levou até o altar”, lembra. “Chorei demais”, revela.
Expectativa do comércio geral
O comércio varejista paulista deve faturar R$ 52,3 bilhões neste mês, volume 7% maior do que em igual período de 2016. Parte da expansão nas vendas é relacionada a data comemorativa. A projeção foi feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP), com base na evolução das vendas nos últimos meses. A entidade prevê que só na capital paulista os lojistas irão vender 10% mais do que em agosto de 2016, alcançando R$ 16,9 bilhões.
A expectativa é de aumento de vendas nas lojas de vestuário, tecidos e calçados, segmentos que, pelas projeções, devem superar em 5% o faturamento do ano passado.
Para o setor de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, a estimativa é de alta de 15%. A Fecomércio observa que essas elevações vão ocorrer sobre um comportamento de queda em agosto do ano passado, quando este último segmento recuou 12,2% e em vestuário, tecidos e calçados houve retração de 6,1%.
O comércio eletrônico brasileiro deverá faturar R$ 1,94 bilhão, 10% a mais em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo estimativa da Ebit, empresa de informações sobre o e-commerce brasileiro. O número de pedidos deverá crescer 11% na comparação com o ano anterior, para 4,5 milhões, e o tíquete médio deve permanecer estável, em R$ 438.
Estimativa da Ebit prevê crescimento de 12% para o setor neste ano. Celulares e smartphones, livros e calçados deverão ser os itens mais comprados no e-commerce para presentear os pais.
Fotos: Comando Uno/arquivo pessoal/Comando Notícia