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Diabetes; a pandemia silenciosa

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. Em primeiro lugar está a China, com 114 milhões de diabéticos, em seguida figura a Índia, com quase 73 milhões, e os Estados Unidos, com 30 milhões.

Segundo dados oficiais, estima-se que somente na cidade de Campinas 130 mil pessoas possuam a doença, sendo que metade não sabe por não fazer testagens, e a outra metade tem o tratamento comprometido, por falta de medicamentos adequados e eficazes, ocasionando ainda mais complicações. E todas essas complicações por muitas vezes são – infelizmente – transformadas em óbitos.

 A falta de informação ou a negligência em relação aos testes e exames sobre a doença, leva algumas pessoas a se ausentarem do trabalho, e a acreditar que não terão uma boa qualidade de vida. 

Boa parte da população que não sabe que tem a doença, descobre somente quando tem algum problema renal, cegueira, amputações, problemas de circulação, derrame entre outros.

Tudo isto ocorre porque muitas vezes o diagnóstico é tardio e quando a pessoa busca ajuda, a doença já está num estágio avançado, o que pode ocasionar problemas crônicos irreversíveis e até à morte. 

Muitos pacientes que sabem que têm a doença fazem tratamento, mas muitas vezes não conseguem medicação básica nos postos de saúde; como insulinas adequadas por exemplo. E em muitos casos os medicamentos fornecidos são ultrapassados e não ajudam o quanto deveriam. 

A  ausência e a falta de profissionais de saúde treinados para o tratamento da doença no setor público, também são um problema grave.  O tratamento para não ter complicações é caro, e os valores variam entre R$ 800 e R$ 1.500 por mês; só de remédios. Se for considerada a renda média do brasileiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) fica inviável o tratamento para a maioria dos doentes.

A associação dos diabéticos tem procurado atuar com alerta e prevenção, orientação e ajuda aos portadores da doença há mais de 25 anos, mas em tempos de Covid-19 tudo fica mais difícil. Por isso foi criado um canal de ajuda nas redes sociais, onde são feitas lives para levar ainda mais conhecimento e auxílio aos que necessitam. 

“Estas lives estão sendo um sucesso e já fizemos várias, face a importância e o conteúdo do assunto, estamos à disposição para fazermos na sua associação ou agremiação. São duas lives de tempo curto aberto à perguntas”, disse Marcello Bezerra, Presidente da Associação dos Diabéticos .

“Estamos aqui para reduzir este problema, pois com certeza você tem um parente, um vizinho ou amigo com diabetes; Conheça nosso trabalho e veja que podemos lhe ajudar, lembrando que todas as atividades são gratuitas”, finalizou Marcello. 

 

Contatos da Associação: [email protected] ou pelo telefone (19) 99797 -0135 .

 

foto: arquivo divulgação.