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Diário de Bordo: dia 1 – pastos a perder de vista, rodoviárias circulares e estradas impecáveis

HUGO ANTONELI JUNIOR/NÚBIA ISTELA

Ovos com duas gemas. Era isso que estava escrito em uma placa em uma das estradas que nos levaram de Indaiatuba (SP), na noite de segunda-feira (30), até Campo Mourão (PR), na tarde de terça (1º), a virada de mês também marcou o romper das fronteiras do Comando Notícia pelo Estado de São Paulo. Ourinhos, a mais de 320 quilômetros de Indaiatuba foi o último registro paulista que tivemos em uma parada por volta das duas da manhã. E olha que ainda era metade do caminho.

Até Maringá passamos por cidades menores como Jandaia do Sul, Apucarana e Marialva, e outras mais conhecidas como Londrina. O que chamou a atenção nas rodoviárias em que paramos, especialmente Maringá e Campo Mourão, é que o formato delas é sempre circular, com escadas/rampas no meio. As estradas, na maioria das vezes duplicadas, podem passar por comunidades pequenas ou grandes, mas há plantação por todos os lados, e outra característica importante é a qualidade das pistas. Raramente há um buraco. Os únicos percebidos em todo o trajeto ficam a cada quilômetro em algumas plantações. Buracos provavelmente para armazenar água de chuva – que há tempos não dá as caras por aqui.

O ônibus da Viação Garcia veio com alguns lugares vazios e houve troca de motoristas no meio do caminho. O Expresso Maringá, que nos trouxe até Campo Mourão tem mais cara de circular e também não veio cheio. Campo Mourão não é uma cidade pequena. Tem uma unidade da Havan, tem mercados de redes importantes no estado, um inclusive que leva este nome, Paraná. Perto do hotel onde ficamos hospedados há a Prefeitura e a praça da igreja Matriz, material para ser explorado no segundo dia de viagem.

Catedral São José, na praça central de Campo Mourão. foto: Núbia Istela

O calçadão rente à praça lembra um pouco o do entorno da praça Prudente de Moraes, em Indaiatuba, com comércios colados um no outro, de fotografia a restaurante. Do lado outra semelhança, um terminal, tipo a praça Dom Pedro II. No supermercado, cheio em plena manhã de terça-feira, já há a opção de autoatendimento, que usamos para comprar até 10 itens, mas só em pagamento com cartão de crédito ou débito. Os preços seguem a mesma linha dos supermercados de Indaiatuba, não há grande diferença nos preços.

Outra característica do Centro é ter as ruas com nomes de cidades, tipo São Paulo e até Brasil, como é uma das mais antigas. Para explorar no segundo dia, depois de descansar pós-viagem estão os moradores mais antigos. O dono de um restaurante que vende refeições à vontade por menos de dez reais deu as dicas. Morador da cidade há mais de quarenta anos, ele conversou com o Comando Notícia enquanto vendia mais três marmitex pequenas, cada uma por R$ 4,99. O suco de laranja natural vale a pena e – gelado – ajudou a salvar do calorão superior a 30 graus que fez na cidade, conforme previsto.

Os desafios para o segundo dia passam por prefeitura e igreja, além dos locais com bom sinal de internet, já que em Maringá foi um wifi que garantiu a transmissão. Em Campo Mourão a praça é o principal point, tanto para fotos como para ponto de referência e fica perto do hotel onde nos hospedamos. No Instagram você encontra mais detalhes e bastidores e amanhã tem mais diário de bordo.

fotos: Núbia Istela