Polícia

Dobra o número de indaiatubanos que ficaram sem elétrica por acidentes de trânsito com postes

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Um acidente de trânsito atinge primeiramente os envolvidos diretos, obviamente, mas a maioria deles é de proporção leve e terceiros acabam prejudicados nestes casos: trânsito travado por interdições ou até falta de energia em caso de acidentes com postes. Em Indaiatuba, dobrou o número de moradores que ficaram sem energia elétrica por este motivo. Os dados são da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) comparando os anos de 2016 e 2017, divulgados nesta semana.

Em 2016, foram 11 acidentes envolvendo postes que atingiram 523 residências que ficaram sem energia por 71,3 horas. No ano seguinte, ainda de acordo com os dados da concessionária, foram nove acidentes, mas o número de casas atingidas subiu para 1.204 mais do que o dobro do que o período anterior. Apesar disso, o número de horas de interrupção de energia caiu para 65,6 horas.

A mesma pesquisa mostra que entre os municípios atendidos pela CPFL, Sorocaba lidera o número de acidentes com postes em 2016, com 44, com mais de 41 mil clientes atendidos em 242 horas de interrupção. Jundiaí vem em seguida com 29 acidentes, 35 mil atingidos e 266,4 horas prejudiciais. No ano seguinte as duas cidades se mantiveram na liderança, com Jundiaí subindo para 57 acidentes contra 55 de Sorocaba. Foram 35 mil residências atingidas contra 42, respectivamente, com 270 e 266 horas de interrupção.

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Imprudência causa prejuízos

Em casos de acidentes contra postes, o culpado deve arcar com os custos dos danos causados ao patrimônio da empresa. A substituição de um poste varia entre R$1,5 mil e R$3 mil. Essa diferença de valores depende dos equipamentos instalados tanto pela distribuidora de energia como pelas empresas que ocupam a estrutura. Por exemplo, um poste com iluminação pública simples tem menor valor do que um poste que possui um transformador de energia, ou equipamentos de televisão e telefonia.

“A quantidade de ocorrências de colisão com postes é um reflexo da alta imprudência nas vias. A intenção da CPFL Piratininga é alertar a população, não somente para os danos à rede elétrica, mas também à segurança da própria vida e a de terceiros”, ressalta o gerente de Saúde e Segurança da CPFL Energia, Marcos Victor.

Para tornar o trânsito mais seguro, a CPFL Piratininga compartilha dez dicas de direção consciente:

1 – Mantenha o veículo com a manutenção em boas condições, verificando o estado dos pneus, dos freios, dos faróis e dos retrovisores.

2 – Não dirija sob o efeito do álcool, remédios ou qualquer outra substância tóxica;

3 – Quando estiver dirigindo, cuidado com o farol alto. Você pode ofuscar a visão do motorista na via de sentido oposto;

4 – Respeite sempre a sinalização de trânsito e os limites de velocidade das vias, em qualquer dia, local e horário;

5 – Respeite os pedestres e sempre use cinto de segurança e capacete, para motociclistas;

6 – Não use celular quando estiver dirigindo. Além de colocar em risco a vida dos pedestres e outros motoristas, a infração para quem é pego usando o celular na direção é considerada gravíssima;

7 – Em caso de manobras, sinalize para os pedestres e os demais motoristas;

8 – Sempre mantenha distância segura do veículo à frente;

9 – Fique atento às condições da pista e do clima. Em caso de pista molhada ou de neblina, dirija com cuidado. Diminua a velocidade e mantenha a distância dos demais veículos;

10 – Em caso de acidente com poste, se houver queda de cabos, procure ficar no interior do veículo, sem tocar nas partes metálicas, até o atendimento por parte das equipes da empresa.

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Dados gerais

Levantamento realizado pela CPFL Piratininga, distribuidora da CPFL Energia que atende 1,5 milhão de clientes em 27 municípios do interior e litoral de São Paulo, mostra que colisões de veículos deixaram 208,5 mil clientes sem energia em 2017. O número representa crescimento 67,9% frente a 2016, quando 124,1 mil consumidores foram afetados por esse tipo de ocorrência na rede.

 O crescimento do número de clientes afetados acompanha a evolução do número de ocorrências registradas. Em 2017, a CPFL Piratininga contabilizou 268 colisões contra postes, aumento de 23,5% na comparação com as 217 ocorrências de 2016.  

As estatísticas apuradas pela área operacional mostram que, além de riscos para os ocupantes dos veículos e pedestres, os acidentes também afetam toda a população. Em função das ocorrências, os 208,5 mil clientes ficaram sem energia por 1,348 mil horas em 2017, o equivalente a 56 dias. Em 2016, foram 1,158 mil horas, ou 48 dias.