O governo de São Paulo se posicionou contra a inclusão das atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de “serviços essenciais”, conforme decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira (13), o governador João Doria (PSDB) disse que o estado não têm condições sanitárias de permitir o funcionamento de tais estabelecimentos.
“Aqui em São Paulo, o governo respeita e ouve o seu secretário da saúde, respeita e ouve o seu comitê de saúde. O comitê de saúde e o secretario de saúde do estado de São Paulo nos indicam que ainda não temos condições sanitárias seguras para autorizar a abertura de academias, salões de beleza e barbearias neste momento”, disse Doria.
O coordenador da plataforma de testes do estado, Dimas Tadeu Covas, afirmou que a transmissão do vírus se dá por secreções respiratórias, por gotículas eliminadas, e que em ambientes como academias, não há medidas de higiene que garantam segurança às pessoas.
“Dentro da questão da academia, quero dizer, primeiro que é um local onde as secreções são abundantes. Outro ponto: quem faz exercício de máscara, é muito difícil, é muito complicado respirar, e umedece aquela máscara muito rapidamente, então deteriora a qualidade da proteção da máscara. E terceiro, para você higienizar esse ambiente ele deveria ser feito a cada uso. É muito complicado do ponto de vista sanitário você garantir que ali não é um ambiente propício a contaminação”, explicou.
Governos de 17 estados e do Distrito Federal (DF) já tinham se manifestado contrários à liberação nesta terça (12).
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