HUGO ANTONELI JUNIOR
Entre os eleitores que votaram em Indaiatuba (SP) na última eleição municipal, em 2016, uma parcela significativa deu o famoso “voto para ninguém”, entre abstinência, brancos e nulos. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 30% dos eleitores indaiatubanos que foram às urnas não votaram em ninguém.
Este índice, se fosse um candidato, estaria em terceiro lugar na votação, apenas oito mil votos abaixo do prefeito eleito. O número de pessoas que não vão votar também vem aumentando na cidade. Entre os 154 mil eleitores que tinha em 2016, 45 mil sequer foram às urnas, ou seja, o vencedor foi quem teve mais votos entre 109 mil eleitores.
Mas cerca de 80% de participação não indica que quem foi às sessões eleitorais se sentia representado. Dos que foram, 12% votaram ou branco ou nulo, o equivalente a 15 mil votos, três vezes mais que o vereador mais votado.
Outra tendência que deve se repetir na votação de 2020 é a polarização. A eleição de 2016 teve menos de dois mil votos de diferença entre o vencedor e o segundo colocado.
As eleições de outubro do ano que vem, Indaiatuba elegerá prefeito, vice e 12 vereadores. O orçamento da cidade previsto para este ano é de R$ 1,1 bilhão.
foto: divulgação/arquivo