Cidades

Em áudio, secretária de saúde convoca moradores para vacinação contra febre amarela

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Em áudio que começou a circular nas redes sociais na tarde de segunda-feira (19), a secretária de Saúde da cidade, Graziela Garcia, convoca os indaiatubanos para a vacinação contra a febre amarela nesta semana. Ela afirma que quem está em alguma fila de espera deve ficar “atento ao telefone” e que quem não está em nenhuma lista “deve ir à uma unidade de saúde” no próximo sábado, dia 24, entre 8 e 17 horas para se vacinar.

De acordo com a Prefeitura, no ano passado 70% da população foi vacinada. Indaiatuba não tem casos da doença, mas um rapaz morador de Itu morreu em um hospital da cidade em janeiro. Casos foram registrados em Sorocaba, com internação em Porto Feliz, e em Valinhos.

Áudio: “Prezado cidadão indaiatubano, aqui quem fala é Graziela Garcia, secretária de saúde. Venho até vocês hoje trazer novas informações sobre a vacinação contra febre amarela na nossa cidade, se você se cadastrou em uma das nossas unidades de saúde para receber a vacina contra a febre amarela, esteja atento ao telefone nos próximos dias. As unidades de saúde estão convocando os munícipes que se cadastraram e fazem parte da lista de espera. Você deve receber a vacina nos próximos dias. Se vocês não faz parte de nenhuma lista de espera, você pode comparecer neste sábado à uma unidade de saúde portando comprovante de endereço e carteira de vacinação. As unidades de saúde estarão abertas neste sábado, dia 24 de fevereiro, das 8 da manhã às 17 horas, para vacinar aquelas pessoas que não fazem parte da lista de espera, mas que desejam receber a vacina contra a febre amarela. Se você deseja mais alguma informação, procure uma das nossas unidades de saúde. Obrigada.

Febre amarela

Febre amarela é uma doença transmitida através da picada de mosquitos infectados à pessoas não vacinadas. O vírus não passa de pessoa a pessoa.

Existe dois tipos de epidemiológicos de transmissão, o silvestre e o urbano. Porém as características são as mesmas. No ciclo silvestre os primatas são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus. Nesse caso o homem recebe a doença acidentalmente ao entrar em áreas de matas. Quando se trata de ciclo urbano o homem é o único hospedeiro  e a transmissão ocorre a partir do aedes aegypti infectados.

Os sintomas da febre amarela aparecem entre três a seis dias após a infecção. Incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Uma boa parte das pessoas apresentam melhoras após os sintomas iniciais. Por outro lado 15% apresentam uma breve melhora, desenvolvendo em seguida a forma mais grave da doença.

Nesse caso a pessoa pode desenvolver febre alta, coloração amarelada da pele e no branco dos olhos, hemorragias, choque e insuficiência dos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença em estágio grave  podem morrer. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente  a doença.

O paciente diagnosticado com a doença deve permanecer em repouso sob hospitalização, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas. Em casos graves o mesmo deve ser encaminhado para Unidade de Terapia Intensiva(UTI), para reduzir os riscos de morte.

Para prevenir a febre amarela o Sistema Único de Saúde disponibiliza vacina para a população. Desde abril de 2017, o Brasil adotou o sistema de vacinação de apenas uma dose em toda a vida. Todas as pessoas que residem em locais com matas, rios devem tomar a vacina pois são consideradas áreas de risco. O ministério da saúde recomenda a vacina de febre amarela para quem for viajar para esses lugares. E deve ser aplicada pelo ao menos dez dias antes do deslocamento . No país a vacinação é recomendada a partir dos nove meses de vida.

Mas também há os grupos que não podem tomar a vacinação por causa de reações graves, são as gestantes, idosos, pessoas em quimioterapia. Portanto esses indivíduos devem evitar picadas de mosquitos usando camisas de manga longa, calça comprida, repelentes, e se possível telas antimosquito para os cômodos da casa.

Aqueles que pretendem doar sangue deve esperar 30 dias após a vacinação, para o vírus presente na corrente sanguínea durante três semanas não acabe em outro paciente com o sistema imunológico debilitado e cause diversas reações.

foto: divulgação