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Emprego, e a crise do coronavírus

*Por Carol Borsato

Encontrar o primeiro emprego e ter toda sorte para não ficar por muito tempo parado é difícil não é? Mas será que toda pessoa tem a mesma sorte?

Algumas pessoas até parecem ter vindo ao mundo com a marca do sucesso, conseguem sempre um emprego e seguem nele até que a empresa resolva mandar embora.

Vejamos o caso de Jaqueline de Andrade, que começou trabalhando na área de telemarketing, trabalhou na Actionline por quase 4 anos, bastante tempo, deu para conquistar um bom domínio nessa área. Apesar de Jaqueline gostar dessa área, ela pretende trabalhar em outros ramos, pois hoje em dia, quanto mais experiência em vários ramos melhor.

Atualmente ela trabalha com planos de saúde e odontológico há 3 anos e já trabalhou até mesmo como professora de informática de deficientes visuais! Inclusive ela gostou muito de dar aula de informática para deficientes visuais, ensinava os atalhos de teclado que já sabia e aprendeu outros, dominou leitores de tela!

Para quem não sabe, os leitores de tela possuem seus próprios comandos cada um tem todo um modo de usabilidade que os deficientes visuais e seus professores precisam saber. Se Jaque tiver outra oportunidade de trabalhar com leitores de tela, ela aceita!

E os leitores de tela,  que são um aplicativo que lê a tela, com voz artificial e você ainda pode colocar outra voz se não gostar da voz nativa do aplicativo, o leitor que Jaque mais gostou foi o famoso jaws, esse tem uma voz engraçada, no começo você não entende mas no fim você se acostuma.   

Ela explica que para ensinar é preciso ter paciência, pois cada pessoa tem seu ritmo, se houver alunos mais velhos o ritmo é mais lento, os mais novos, mais rápido.

Hoje o país vive um momento muito complicado, é a pandemia do novo coronavírus. Esse problema afeta a vida de todos e para Jaqueline não é diferente, pois ela precisou parar as aulas de música e também de frequentar academia.

Dentre os lugares que ela vai quando precisa, ela diz que nem todas pessoas usam a máscara, no centro não há distanciamento e no mercado, o distanciamento tem sido mais respeitado.

Além disso, a higiene tem sido feita nos mercados até mesmo nos carrinhos, e lá também medem a febre. E enquanto não houver uma verdadeira melhora, não deve voltar ao normal.

Não há necessidade de colocar a vida da população em risco enquanto a questão da Covid-19 não estiver dentro do total controle.

 

 

*Carol Borsato é jornalista e é a primeira repórter deficiente visual da história de Indaiatuba (SP).

 

Foto: divulgação