HUGO ANTONELI JUNIOR
A construção civil criou mais de trezentas vagas de emprego no mês de junho em Indaiatuba (SP), um crescimento de 36% em relação ao saldo de vagas registrado entre janeiro e maio. Ao todo o setor é o que mais empregou na cidade, com 1.133 contratações a mais do que demissões. Os dados são Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na quinta (25) e que leva em conta apenas os empregos com carteira assinada.
O levantamento mostra que Indaiatuba tem saldo positivo em 2.273 empregos, sendo que mais de 1,8 mil são relativos aos setores de construção e serviços. O pior setor até o momento é o comércio, que foi o destaque negativo do mês de junho. Em um mês, o setor perdeu 124 vagas e, com menos contratações se tornou negativado, com duas demissões a mais do que contratações entre janeiro e junho. No saldo geral é como se a cidade tivesse criado 12,5 vagas de emprego por dia neste ano.
Setor por setor
Os melhores setores são construção civil (1.133 vagas) e serviços (781 vagas) e os piores do período são o comércio (-2), a agropecuária (32) e a indústria da transformação. Juntas os três piores perderam cerca de 180 vagas em um mês. Os setores de extração mineral, serviços de utilidade pública e administração pública permaneceram estáveis em Indaiatuba.
2018 x 2019
Teve alta de 89% a criação de empregos no primeiro semestre na cidade em relação ao ano passado. Segundo o Caged a diferença entre os dois períodos é de mil vagas. Os destaques ficam para a indústria da transformação, que perdeu – na comparação -, mais de 500 vagas, assim como os serviços de utilidade pública, que tiveram baixa de 86 vagas.
O destaque positivo, como não poderia ser diferente, fica por conta da construção civil, que criou mais de 1.120 vagas a mais do que o registrado no primeiro semestre de 2018. No caso do comércio, apesar da baixa neste semestre, o resultado ainda está acima do semestre do ano passado, quando o setor tinha 193 demissões a mais do que contratações.
Brasil
A criação de empregos com carteira assinada teve saldo positivo em junho, com a criação de 48.436 vagas. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo positivo em junho foi resultado de 1.248.106 admissões contra 1.199.670 desligamentos ocorridos no período. O salário médio de demissão chegou a R$ 1.766,67. O de admissão, R$ 1.606,62.
O resultado de junho foi o melhor para o período desde 2013, quando, no mesmo mês, foram geradas 123.836 vagas. Em junho de 2018 foram registradas mais demissões do que contratações, gerando saldo negativo de 661 vagas.
No primeiro semestre deste ano, foram criados mais 408.500 postos de trabalho ( 8.221.237 admissões e 7.812.737 desligamentos), o maior saldo para o período desde 2014 quando foram criadas 588.671 vagas. No mesmo período do ano passado, o saldo foi de 392.461 vagas.
Em junho, o setor de serviços foi o que mais gerou empregos, com saldo de 23.020 vagas, seguido por agropecuária (22.702) e construção civil (13.136). Já a indústria da transformação demitiu mais do que contratou, registrando saldo negativo de 10.988 vagas. O comércio também apresentou saldo negativo (3.007 vagas).
No acumulado de seis meses, o setor de serviços se destacou, com geração de 272.784 vagas. A agropecuária apresentou saldo de 75.380. O terceiro lugar na criação de vagas foi ocupado pelo setor da indústria da transformação (69.286). Por outro lado, o comércio registrou saldo negativo (88.772) no mesmo período.
No mês, o Sudeste foi a região que mais gerou empregos formais (31.054), a mesma situação observada no acumulado do ano, com geração de 251.656 vagas. O Sul registrou saldo negativo de 2.714 vagas, mas, na soma dos resultados dos últimos seis meses, a região teve geração de 11.455 empregos.
foto: divulgação/arquivo