A Decathlon Brasil – uma das maiores varejistas de artigos esportivos do País – doou todo o seu estoque das máscaras de snorkeling Easybreath, para que fossem adaptadas e utilizadas em hospitais, como respiradores artificiais. O produto foi testado e aprovado por especialistas e já auxilia pacientes internados em hospitais do Brasil todo. As regiões que foram mais beneficiadas foram Pará, Amazonas e Ceará.
“São dias muito difíceis para todos, mas é muito gratificante poder ver que a iniciativa esteja funcionando aqui no Brasil e que nossas máscaras já estão ajudando a salvar muitas vidas”, comenta Cedric Burel, CEO da Decathlon Brasil.
Cerca de 2.800 máscaras foram doadas para mais de 50 hospitais. Entre eles: Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi / Rede Mario Gatti (Campinas – SP), Hospital Santa Casa de São José dos Campos (SP), Hospital Universitário Pedro Ernesto (RJ), Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (Belém – PA), Santa Casa de Misericórdia do Pará (Belém – PA), Hospital Geral de Belém (PA) e Hospital Regional do Sertão Central (Quixeramobim – CE).
Engenheiros da Owntec – empresa de Soluções em Engenharia – em parceria com o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) e com a ONG Expedicionários da Saúde (EDS), iniciaram os testes e modificaram o produto da Decathlon com um grande diferencial: a contenção de aerossóis, expelidas geralmente durante o processo de intubação de pacientes.
Com isso, os riscos para os profissionais de saúde diminuem, já que grande parte da contaminação de médicos, equipe de enfermagem e demais agentes de saúde ocorre principalmente durante a realização de procedimentos rotineiros, como, a manipulação das vias aéreas, por meio de nebulizadores ou equipamentos de proteção individual (EPIs).
“A solução criada a partir das máscaras de snorkeling é um método de tratamento não invasivo, que, além de auxiliar no tratamento dos infectados, também diminui a carga viral no ambiente hospitalar, ajudando a proteger, portanto, também toda a equipe responsável pelos cuidados com o paciente”, explica Victor Souza, engenheiro e voluntário da EDS.