Cidades

Enfermeiro e indígena também receberam vacina em SP

O segundo a ser vacinado no Brasil foi o enfermeiro Wilson Paes de Pádua, de 57 anos, do hospital Vila Penteado, na Zona Norte. “Estou muito feliz, acho que nós temos que lutar pela vacina, lutar pela ciência, para melhorar a saúde e sair dessa pandemia. Me sinto muito orgulhoso e feliz desse momento”. Ele contou que perdeu colegas e foi infectado pela Covid-19 em junho, enquanto atuava na linha de frente da pandemia. “Pensei que ia morrer, tinha momentos que rezei para Deus pensando que estava partindo”.

No evento, foi vacinada a primeira indígena do país. Vanusa Kaimbé, de 50 anos, é técnica de enfermagem e assistente social, presidente do conselho dos indígenas kaimbe do estado de São Paulo. Ela vive na “aldeia Kaimbé filhos da terra”, em Guarulhos. “Eu vim aqui hoje representar a população indígena e falar a importância da vacina. A vacina salva vidas. Fui a primeira indígena a ser vacinada e recomendo para todos os meus parentes”.

A primeira pessoa a ser vacinada foi a enfermeira Mônica Calazans de 54 anos. Ela falou sobre a emoção de ser vacinada. “Primeiramente queria agradecer a Deus por ter esta oportunidade. Tenho orgulho do meu trabalho como enfermeira no Emílio Ribas, que está com a UTI lotada com pacientes que estão com coronavírus.”

“Estou falando agora como brasileira, mulher, mulher negra. Acredite na vacina. Vamos pensar no monte de vidas que perdemos, quantas famílias perdemos. Eu quase perdi um irmão com Covid e aí eu criei coragem e participei. No começo eu fui muito criticada. Me falaram que eu era cobaia, mas eu aprendi que não sou cobaia, mas sim participante de uma pesquisa. Estou muito orgulhosa de tudo isso. Meu nome está aí no mundo inteiro. Essa é a nossa chance, Brasil.”

fotos: divulgação