HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Em tempos em que as pessoas estão com as mãos, os olhos e a atenção totalmente ligados ao celular – provavelmente nas redes sociais, o costume, se não for regrado com bom-senso, pode prejudicar na busca de um emprego. O Comando Notícia inicia nesta semana uma série de reportagens sobre a busca por um emprego e começamos com algumas dicas de especialistas para quem está “na pista” e com a carteira de trabalho na mão.
A super exposição é notada pelos recrutadores, de acordo com Carla Borges, psicóloga e pós graduada em administração de Recursos Humanos, coordenadora da Faculdade Max Planck. “Pessoas que usam as redes sociais como um diário e se expõem constantemente, acabam divulgando mais do que gostariam”, diz.
“Quando um selecionador pré-seleciona um candidato, ele pesquisa nas redes sociais o perfil de cada um: quais são suas preferências, como ele reage diante de situações adversas, como ele se posiciona diante de determinados fatos, quais são suas relações de amizades e até as fotos”, complementa.
Escolaridade e vagas mais preenchidas
O Posto de Atendimento ao Trabalhador (Pat) de Indaiatuba fez mais de 80 mil atendimentos no ano passado, de acordo com a Prefeitura. As vagas que são preenchidas mais rápido são as que exigem menos escolaridade. “Porteiro, serviços gerais e limpeza estão entre as mais concorridas”, afirma Adriana Bussola, coordenadora do Pat.
Para Carla, especialista em RH da Max, é bom momento para quem pode fazer um curso de especialização. “A especialização é uma excelente opção para quem está atuando no mercado e quer ter diferenciais que o destaque de outros candidatos com a mesma formação. Outro idioma é hoje uma exigência, não mais um diferencial, para todas as áreas”, diz.
Quem terminou a faculdade também pode continuar mergulhado nos livros. “Para os formados com idades entre 19 e 25 anos, recomendo um curso de curta duração como os técnicos ou de qualificação em áreas mais técnicas, pois poderão concorrer mais rapidamente no mercado.”
Desemprego no Brasil
O desemprego no país foi de 13%, em média, no segundo trimestre, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa caiu em relação ao trimestre anterior (13,7%) e esta foi a primeira queda estatisticamente significativa desde o final de 2014, segundo o IBGE. Desde então, o desemprego vinha aumentando ou, no máximo, ficando praticamente estável.
Ainda segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil de abril a junho foi de 13,5 milhões de pessoas. Isso representa uma melhora (-4,9%) em relação ao trimestre anterior, quando eram 14,2 milhões. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, porém, são 1,9 milhão de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 16,4%.
Os dados foram divulgados no dia 28 de julho e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.
Foto: divulgação