CulturaIndaiatuba

Falando de cinema: Suspense domina a semana com Doutor Sono e Parasita

MARCOS KIMURA*

Chega aos cinemas esta semana o aguardado “Doutro Sono”, sequência de “O Iluminado”, e o coreano “Parasita”, ambos filmes de suspense. Outra estreia é a animação “Link Perdido”, do mesmo diretor de “Kubo e as Cordas Mágicas” e “Paranorman”.

Ewan McGregor (“Transpotting”) assume o papel de um crescido Danny Torrance, o menino que conseguiu sobreviver acontecimentos no Hotel Overlook. Agora, é um adulto traumatizado e alcoólatra. Sem residência fixa, se estabelece em uma pequena cidade, onde consegue um emprego no hospital local. Mas a paz de Danny está com os dias contados quando cria um vínculo telepático com Abra, uma menina com poderes tão fortes quanto aqueles que bloqueia dentro de si.

A direção é de Mike Flanagan que ganhou prestígio com a série “A Maldição da Residência Hill”, e o elenco conta ainda com Rebecca Ferguson, dos dois últimos “Missão: Impossível”, e Jacob Tremblay, o menino de “O Quarto de Jack” e “Extraordinário”.

Aparentemente, o resultado foi aprovado pelo próprio Stephen King, que como todos sabem, odiou a adaptação feita por Stanley Kubick de seu livro. A crítica se dividiu a respeito, mas ninguém, à exceção de Angelo Cordeiro, do site local “Nerd Interior”, adorou.

Parasita

Toda a família de Ki-taek está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos.

Joon ho-Bong é um dos principais nomes do cinema coreano, famoso por “O Hospedeiro”, mas com incursões em Hollywood com o ótimo “Expresso do Amanhã” e “Okja”, um dos primeiros longas da Netflix. Suas histórias são sempre metáforas para temas contemporâneos. Aqui, não houve divisão entre a crítica, e o filme foi quase uma unanimidade positiva. No Rotten Tomatoes, teve 99% de aprovação. 

Link Perdido

Sir Lionel Frost se considera o melhor investigador de mitos e monstros do mundo. O problema é que nenhum dos seus colegas o leva a sério. Sua última chance para ganhar seu respeito é provar a existência de um ancestral primitivo do homem, conhecido como o link perdido.

Na verdade, em português, essa espécie de hominídeo deveria se chamar “elo perdido”, mas os distribuidores preferiram manter o inglês link, provavelmente por acharem mais familiar para quem cresceu em meio a termos de informática. 

Cineclube Indaiatuba

O cartaz do Cineclube Indaiatuba na próxima terça-feira, dia 12, é “As Loucuras de Rose”, do diretor britânico Tom Harper. Rose-Lynn Harlan (Jessie Buckley, de “Chernobyl”) é uma cantora de Glasgow, na Escócia, que sonha em se tornar uma estrela da música country em Nashville, no Tennessee. Acabando de sair da prisão e mãe solteira de dois filhos, ela é forçada a encarar responsabilidades mais urgentes e arruma um emprego de diarista, mas acaba encontrando em seu caminho quem dê apoio para o seu sonho aparentemente louco.

Tom Harper fez carreira predominantemente na televisão inglesa, e dirigiu três episódios do ótimo “Peaky Blinders”. O teve sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2018 e foi selecionado para a mostra 24 Beats Per Second, do Festival SXSW em 2019.

*Marcos Kimura é jornalista e curador do Cineclube Indaiatuba.

PALAVRA-CHAVE: Stephen King

Fotos: Reprodução