Indaiatuba

Falta de remédio para transtornos mentais na rede pública de saúde afeta paciente em Indaiatuba 

A irmã de um paciente que depende do Olanzapina 10 mg, remédio utilizado no tratamento de esquizofrenia e outros transtornos mentais, denuncia que o antipsicótico está em falta nas farmácias de alto custo de Indaiatuba (SP).

O irmão da moça que chamaremos de Joyce (usaremos um nome fictício, pois a jovem não quis se identificar) faz tratamento com o remédio há muitos anos, e segundo Joyce, o irmão já está há dois meses sem a medicação, porque não tem na farmácia de alto custo e eles não têm condições de comprar. O valor do Olanzapina, fora da rede pública de saúde, gira em torno de R$ 500.

Joyce contou ao Comando Notícia que sem o medicamento o irmão fica agressivo e desinquieto, por isso é tão importante o remédio. Ela disse ainda que há dois meses eles vão até a farmácia para ver se chegou, mas que a resposta é sempre a mesma: “não tem. Liga na segunda-feira”.

Depois que Joyce entrou em contato com a equipe do Comando Notícia, nós enviamos um e-mail – às 12h18 desta quinta-feira (05), via assessoria de imprensa –  para a prefeitura para saber mais sobre a falta do remédio e se havia previsão de chegada do medicamento. Antes mesmo do e-mail ser respondido, Joyce disse que haviam ligado para ela e combinado a entrega ainda na tarde desta quinta-feira.

“Foram dois meses de correria, falando com várias pessoas, e nada foi resolvido. Não deram nenhuma resposta parecida com a que deram hoje. Diziam que simplesmente não tinha. Fizeram descaso todo esse tempo. Diziam que não adiantava ficar indo na farmácia pra ver, que não tinha, e agora do nada, o remédio (que é do Estado) apareceu. Eu precisei fazer tudo isso pra poder ter o remédio. Meu padrasto está até indo lá pegar o remédio e procurar a pessoa que o cara que ligou mandou procurar. O remédio já estava até separado pra ele”, contou Joyce.

 

O que disse a Prefeitura

“A Secretaria de Saúde informa que este medicamento é fornecido pela Farmácia de Alto Custo. Este medicamento é de competência do Estado de São Paulo e por isso, quem faz toda a licitação, compra e distribuição do medicamento é o Estado através da DRS VII de Campinas (regional).

Conforme documento fornecido pela DRS VII (em anexo), o medicamento encontra-se em falta devido ao atraso de entrega pelo Ministério da Saúde. Não nos informa o prazo para normalização da falta. Para solicitar mais informações, é necessário ligar na Ouvidoria do Estado: (11) 3066-8349 ou (11) 3066-8359.”

 

*Abaixo, documento em anexo mencionado

 

Foto: arquivo pessoal