Família de criança que morreu engasgada com caroço de jabuticaba pede indenização à Prefeitura
A família da menina de um ano e cinco meses que morreu ao se engasgar com um caroço de jabuticaba durante uma atividade escolar entrou com um pedido de indenização de R$ 1,6 milhão contra a Prefeitura de Sorocaba (SP).
O caso ocorreu na tarde do dia 6 de novembro de 2019, durante uma atividade pedagógica com o tema “Consciência Negra”, na qual a turma do berçário teve contato com jabuticabas. A ideia era proporcionar aos alunos uma experiência com a fruta.
No entanto, a criança acabou se engasgando com o caroço. Ela foi socorrida e levada para o Hospital Gpaci com parada cardiorrespiratória. A menina precisou ser internada na UTI, onde permaneceu durante 11 dias.
Ela morreu no dia 17 de novembro e foi enterrada no Cemitério da Consolação, em Sorocaba. Todos os órgãos da criança foram doados.
Na época, a prefeitura avaliou a situação como uma fatalidade e abriu uma investigação interna para apurar os detalhes da atividade pedagógica realizada no berçário.
Em nota, o poder público informou, nesta terça-feira (4), que existe uma sindicância em curso, porém, disse que ainda não foi notificada da ação judicial.
Tragédia
A menina estava matriculada na escola desde os oito meses de idade. De acordo com a mãe, a relação da família com os funcionários sempre foi boa. Por isso, ela conversou com a professora responsável pela atividade logo após o ocorrido.
Luana Granh contou que a família ficou muito abalada com a tragédia e que estava se recuperando aos poucos.
A mãe lembrou que, em 6 de novembro, recebeu uma ligação e foi direto à escola, a CEI-98 Olinda Luz Marte. Segundo ela, a professora teria levado a fruta apenas para apresentar às crianças e não para que elas comessem.
Após a criança engasgar, a unidade escolar acionou o Samu e a família. Uma profissional que possui curso técnico de enfermagem assumiu o controle da situação até a chegada do resgate, o que aconteceu cerca de 20 minutos após.
Durante a internação da criança na UTI, Luana permitiu que a professora a visitasse duas vezes.
“Tenho certeza que a minha filha sempre foi muito bem cuidada. Ela adorava toda a equipe. Conversei com a professora após o ocorrido e ela está muito mal, afastada e passando por tratamento”, disse na época.
Foto: divulgação.
Com informações de G1 Sorocaba e Jundiaí.