Polícia

Família de jovem que morreu afogado sofre com dúvidas e dívida por traslado

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Além da dor da tragédia, a família do jovem de 22 anos que morreu afogado no córrego Barnabé no final de semana do dia 12 de fevereiro convive com dúvidas sobre o caso, que segue em investigação, e precisa pagar uma dívida pelo traslado do corpo para a cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde moram. O corpo chegou à cidade e foi enterrado no dia 14 de fevereiro, mas os familiares precisaram contrair uma dívida e agora pedem ajuda para pagar as parcelas. A irmã do rapaz, Thais Custódio, conversou com o Comando Notícia via internet e explicou a situação.

“Ao todo, para trazer o corpo do meu irmão ficou em R$ 5,7 mil. Tive que dar R$ 1,2 mil que emprestei e o restante parcelamos em cinco vezes de R$ 900. Só que os meus pais não tem condição de pagar este valor. Meu pai é pedreiro e a minha mãe cuida do nosso irmão especial, esta é a única renda deles”, conta. “Por isso começamos uma campanha para quem puder ajudar com algum valor. Eu trabalho, mas tenho um filho de três anos para criar e não posso pagar uma parcela de R$ 900”, diz. Para ajudar, você pode entrar em contato direto no Facebook dela.

A dívida é secundária em relação à tragédia que acometeu a família no período de Carnaval. “Não sabemos de nada ainda, só que ele morreu afogado. Quem está em contato com a polícia [Civil – que investiga o caso] é o meu tio, que mora em Indaiatuba”, afirma. “A gente pede que se alguém tiver alguma informação que possa ajudar a desvendar o que aconteceu, que entre em contato conosco ou com a polícia.”

Ela conta que o irmão veio para Indaiatuba no segundo dia do ano. “Ele já tinha morado aí, mas resolveu voltar para Campo Grande e agora decidiu voltar. Estava feliz, trabalhando como garçom e morando com o meu tio. Inclusive no dia dos fatos ele trabalhou normalmente e o meu tio o deixou no lugar da festa”, conta.

No início, o fato do rapaz não dar notícias não preocupou a família. “Porque ele poderia ter ido para a casa de algum amigo, né? Mas aí meu tio falou com a gente no domingo que ele não tinha entrado em contato e na segunda de manhã disse que tinham encontrado um corpo no córrego e que poderia ser dele”, diz. “Ele foi até lá, fez o reconhecimento através da carteira de motorista dele e nos ligou avisando. Meu pai precisou ir até Indaiatuba.”

“Foi muito difícil, né? Por ter ficado na água, o corpo estava em um estado de decomposição avançado. Meu pai ainda conseguiu se despedir dele, mas a minha mãe não o viu porque o caixão foi lacrado no velório. Estão todos muito mal. Agora é esperar as investigações para verem se descobrem algo e tentar pagar esta dívida”, encerra.

foto: arquivo/Comando Notícia