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Família denuncia golpe ao alugar casa de praia e descobrir que outras pessoas moravam no local

Uma família de Jundiaí, no interior de São Paulo, registrou um boletim de ocorrência depois que alugou uma casa na praia pela internet, mas, ao chegar no local, descobriu que outras pessoas já moravam na residência.

O caso aconteceu no fim de dezembro. A assistente administrativa Rita de Cássia Frois Oliveira contou que estava procurando um imóvel de temporada na praia de Bertioga (SP) para viajar entre os dias 26 e 29. Pelas redes sociais, ela entrou em contato com o dono de uma casa que lhe chamou atenção e iniciou uma conversa em novembro.

Rita disse que todos os detalhes do aluguel foram acertados com o suposto proprietário, que se apresentou como Roberto e pediu R$ 200 para reservar a casa. Ainda de acordo com o relato, ela teria que pagar mais R$ 210 até o fim do mês.

Segundo Rita, o homem enviou fotos e vídeos da casa e até um contrato de locação com o nome de uma mulher, que dizia ser sua esposa. No entanto, o PIX para pagamento estava em nome de outro homem.

“Olhei no Google e realmente era a casa, o endereço, tudo. A primeira coisa que eu fiz foi isso [pesquisar o local]. Depois ele mandou o contrato com o CNPJ, com o nome de Daniel. Eu até perguntei o porquê do nome Daniel, e ele disse que a casa ainda estava em trâmite e pertencia ao Daniel ainda”, relembra.

Quando Rita viajou para a casa, no final de dezembro, se surpreendeu ao descobrir que o imóvel não pertencia ao homem com quem negociou, mas sim a outra família que vivia no local.

“Eles falaram: ‘a gente mora aqui e já aconteceu isso outras vezes’. Eles até pintaram a casa. Realmente, ela estava azul. Na foto que eu tinha visto no Google ela estava amarela. A foto que ele mandou também era amarela”, conta.

Após entender que havia caído em um golpe, Rita tentou ligar para o homem com quem estava negociando o aluguel. No entanto, após a ida da vítima para o litoral, ele excluiu a publicação. Rita registrou um boletim de ocorrência na delegacia da cidade.

Você trabalha o ano todo para conseguir passar uns dias com a sua família e aí vem um cara e faz uma sacanagem dessa. Se a gente nunca fizer isso, denunciar, eles vão continuar fazendo.”

Como denunciar?

Esse tipo de golpe, segundo o delegado da Delegacia de Investigações Gerais de Jundiaí, é um dos mais comuns — Foto: Reprodução/TV TEM

O delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí (SP), Carlos Eduardo Barbosa Soares, afirma que este tipo de golpe é comum, e que é preciso desconfiar de casos parecidos.

“A melhor coisa é verificar se o preço que a pessoa está oferecendo pela diária é um preço compatível com o mercado. Se for compatível, o que a polícia aconselha é a pessoa tentar ir para o local e verificar se o imóvel existe, verificar, realmente, se aquela pessoa que está oferecendo a locação é o proprietário do imóvel. E como se faz isso? Com um vizinho, batendo na porta, ver se já tem alguma imobiliária no local que está fazendo a transação do imóvel “, explica.

Ainda de acordo com o delegado, quando há uma negociação entre duas pessoas e uma delas aplica um golpe, ela poderá responder por estelionato. Já quando a negociação acontece por meio de uma plataforma em uma relação entre vendedor e consumidor, a vítima pode procurar o Procon.

Com informações: g1 Sorocaba e Jundiaí

Foto: Reprodução/TV TEM