Polícia

Família descobre troca de corpo no velório e Polícia Civil de Sumaré apura onde está cadáver de idosa

A família de Maria Aparecida Cardoso, 74 anos, declarada morta às 11h45 de terça (21) pelo Hospital Estadual de Sumaré (SP), descobriu no momento do velório, nesta quarta (22), em Campinas (SP), que o corpo havia sido trocado. O caso foi registrado no 2º Distrito Policial de Sumaré (SP) como destruição, subtração ou ocultação de cadáver e a Polícia Civil apura onde estaria o cadáver de Maria, e de quem é o corpo que foi preparado e apresentado pela funerária.

Em nota, o Grupo Serra informa que já está em contato com as vítimas, oferecendo apoio para a solução do problema. “Estamos trabalhando para identificar o ocorrido, desde a saída do corpo da unidade de saúde de Sumaré até o local do sepultamento. Em 60 anos nunca tivemos um caso como este e estamos trabalhando incansavelmente para solucionar o problema de forma mais humana possível, entendo a delicadeza da situação da família neste momento de luto”.

No registro do boletim de ocorrência consta que a filha de Maria Aparecida constatou, no momento do velório, a troca do corpo. Ela também relata que o Grupo Serra, que teria preparado o corpo, não era a funerária de sua mãe. Já o agente funerário responsável pela retirada, destacou que conferiu as etiquetas de identificação, e que as mesmas tinham o nome da idosa de 74 anos.

O corpo que foi retirado no Hospital Estadual de Sumaré foi encaminhado para o laboratório do grupo funerário em Artur Nogueira, onde foi preparado, e depois levado até Hortolândia, onde ficou aguardando o velório no Cemitério dos Amarais, em Campinas.

À Polícia Civil, o agente funerário relatou que após ter recebido a informação da matriz para a retirada do corpo, teve a informação de que o corpo já havia sido retirado. Entretanto, a informação teria sido corrigida na sequência informando que Maria Aparecida ainda estava no hospital – segundo ele, era o único cadáver no necrotério no momento da retirada.

Já a enfermeira plantonista responsável pelo preparo do corpo de Maria Aparecida no HES informou que o corpo que retornou ao hospital nesta quarta, após a constatação da troca, não é o da idosa que havia atendido. Segundo a profissional, o corpo de Maria Aparecida tinha marcas características, como uma escara sacral e dois ferimentos por punção, um na jugular e outro na femural direita, o que não havia no cadáver que retornou à unidade.

A Polícia Civil requisitou exame no Instituto Médico Legal (IML) para identificação do corpo devolvido. A reportagem  procurou a Unicamp, responsável pela gestão da unidade, e o texto será atualizado assim que a universidade se manifestar.

Com informações G1 Campinas