Cidades

Fé e gratidão – o voluntariado na Festa de Nossa Senhora da Candelária

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Doce, salgado, frito e assado. O clima realmente fica diferente em torno da igreja Nossa Senhora da Candelária nesta época do ano. São cheiros, gostos e histórias para todos os gostos. A missa de sexta-feira (2) nem tinha começado, mas uma das barracas de pastel da quermesse estava pronta para servir. Veteranos na função, Angela Lira, Edite Lira, Darci Eugênio, Rosa Leite, Cacilda Munhoz, Angelita, Ricardo e Mônica Sigrist realizaram os últimos preparativos para as vendas de pasteis.

Pertencente à Comunidade São Benedito, Mônica mora há 57 anos em Indaiatuba e é filha de uma mãe que teve 14 filhos. “Eu gosto, eu amo, não ganho nada, mas o retorno vem de Deus. Espero muito por esta data”, conta ao Comando Notícia de touca na cabeça. “Pode sair 800 pasteis por noite, se o movimento estiver bom.”

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Todos ali estão entre cinco e dez anos na barraca de pastel da festa, os mais novos são Angelita e Ricardo. “A gente chega umas 16 horas e vamos embora umas 23h30, meia noite”, diz. Os sabores disponíveis são bauru, frango, carne e queijo. A quermesse vai até segunda-feira, dia 4, sempre às 18 horas, na praça da Matriz.

Há alguns passos da barraca de pastel está a mais adocicada de toda a festa. Comandada pelo grupo de jovens do Treinamento de Liderança Cristã (TLC), a barraca de doces tem mais de 30 tipos diferentes entre chocolate, bolo, caçarola e pão de mel recheado.

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“Tudo vende muito”, afirma Terezinha Rosa Mendes. “Frequentava muito a missa e o padre Marcelo Previatelli dizia sobre a festa e eu sempre via o pessoal trabalhando animado. Queria trabalhar no pastel, mas acabei indo para o macarrão, que era uma novidade na época.”

Há três anos ela cuida dos doces. “A gente só precisa comprar uns 30% dos ingredientes. Temos muita ajuda, doação. A arrecadação começa em dezembro e muitas pessoas ajudam”, diz. Com ela, na barraca nesta sexta, estavam Ellen Rodrigues, Heloísa Antonelli, Leonardo Moreira e Andreza Rocha.

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Uma tonelada de frango

Haja frango para a barraca que o vende de duas formas diferentes: à passarinho frito e assado. De acordo com Vanderlei Orlando de Freitas e Silvia Maria Rodrigues de Freitas, coordenadores do local, são cerca de 600 frangos assados. “Como cada um tem um quilo e meio mais ou menos, são 900 quilos só do assado”, afirma Vanderlei.

A barraca tem entre 14 e 16 pessoas e eles estão entre os que primeiro chegam ao local. “Nos primeiros dias, por volta das 14, 14h30. São quatro fritadeiras, mas a gente usa três, só usamos todas se precisar mesmo, é mais uma questão de segurança”, afirma.

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Juntos com outros casais, Aníbal e Fátima Ferreira Campos, Márcia Borkowski, Vágner Fonseca, Adriano e Adriana Vieira, eles contam ao Comando Notícia o que os move no voluntariado que chega aos seis anos. “Depois que fizemos o Encontro de Casais com Cristo (ECC), começamos a nos dedicar mais”, conta Silvia.

“Temos muita gratidão por todas as bençãos que a gente passou a receber e a nossa vida parece que flui mais quando a gente faz um trabalho como este. A vida é como se decolasse”, conclui.

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foto: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia