Médica-veterinária da UniFAJ fala sobre riscos e cuidados com o animal
As férias estão chegando e viajar para a praia é um dos programas preferidos da maioria das famílias brasileiras. Mas, e quando na casa tem aquele ‘filho’ de quatro patas inseparável, pode ou não levá-lo para curtir esse momento todo especial em família?
A resposta é sim, segundo a médica-veterinária docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), do Grupo UniEduk, Dra. Aline Ambrogi. Porém, alguns cuidados antes e durante a viagem são indispensáveis para evitar contratempos em dias que prometem muita diversão e descanso.
O mais importante, antes mesmo de pegar a estrada, é entender se a praia a ser visitada aceita a presença de cães (pet friendly). No Brasil ainda há um debate sobre o tema e, pesquisar no site da cidade onde viajará, pode ser um bom caminho para confirmar se naquele local seu amigo é bem-vindo.
Outro fator primordial é se o seu animal tem idade para frequentar a praia, local onde o risco de doenças é eminente. “Os cães podem passear na praia somente depois que o esquema vacinal estiver completo, ou seja, a partir dos quatro meses de vida. Antes disso, há grande risco de o animal ficar doente, já que não tem imunidade suficiente para combater infecções graves”, saliente a médica-veterinária da UniFAJ.
Os cachorros devem estar sempre vacinados, vermifugados e com medicações repelentes para evitar doenças como cinomose, tosse dos canis, verminoses e até mesmo a dirofilariose, mais conhecida como verme do coração.
Entretanto, segundo Aline, a doença mais preocupante em relação a praia é a hipertermia, que deve ter atenção redobrada principalmente nesse período de extremo calor.
“Os cães controlam sua temperatura corporal pela respiração e caso a temperatura ambiente esteja muito alta e o animal não consiga dissipar esse calor respirando, ele entra em um estado de hipertermia (temperatura corporal alta), correndo sérios riscos de morte. Animais que têm dificuldade para respirar, como os braquicefálicos (Buldogues, Pugs, e Shih Tzus), precisam de uma atenção especial em relação a temperatura corporal”, alerta a docente da UniFAJ.
Veja 8 dicas para o seu cão colocar a pata na areia com segurança e curtir a praia:
1 – Quais vacinas devem estar em dia?
As vacinas que devem estar em dia são as múltiplas (V8 ou V10, por exemplo), bem como a da gripe e a de raiva, que é obrigatória e está disponível em todo o território nacional. Antes de viajar, vale à pena passar por consulta com um médico-veterinário de confiança, para fazer um check-up e receber outras orientações. Animais com comorbidades, como os cardiopatas, por exemplo, devem evitar estresse e locais muito quentes.
2 – O que levar na ‘malinha’ do animal?
Antes de sair de casa, faça aquele checklist para não esquecer nada. Na mala do animal podem ser levados itens como: comedouro e bebedouro; colchonete para coloca na areia; coleira, peitoral e guia; saquinho cata-caca; shampoo para banho.
3 – Devo passar protetor solar?
Principalmente em animais brancos, e deve ser espalhado por todo o corpo. Entre os de outras cores e peludos, o protetor deve ser aplicado em áreas sem pelos, tais como ponta de orelha, focinho e barriga. Até pode ser passado protetores utilizados por humanos, porém, os específicos para cães e gatos são mais seguros. A aplicação deve ser refeita a cada 3 horas de exposição solar e sempre meia hora antes de sair de casa. Evite tosar o pelo do animal antes da viagem, pois eles protegem contra o sol.
4 – Animais devem estar com focinheiras?
É importante lembrar que nem todas as pessoas que estão na praia gostam de animais, por isso é preciso bom senso. Por isso, é importante manter os cães na guia, presos ao guarda-sol. Cachorros maiores, como pit bulls e rottweilers, precisam obrigatoriamente estar também com focinheiras. Colocar uma plaquinha na coleira, com o nome do animal e o telefone tutor, também é recomendado.
5 – Roupinhas especiais protegem contra o sol?
Atualmente o mercado pet até oferece roupinhas que são aliadas contra os raios UVA e UVB. Entretanto, elas não protegem regiões como ponta de orelha, patas, focinho e barriga. O ideal mesmo é usar roupinha e mais o protetor solar.
6 – Cachorro pode entrar no mar?
A primeira questão é se a praia a ser visitada aceita cachorros. Tendo essa confirmação, o animal pode entrar na água, sempre com supervisão do tutor para evitar afogamentos. É bom ficar atento ainda a ingestão de água salgada, que pode levar o cão ter vômitos e até alterações na pressão arterial.
7 – O que comer e beber na praia?
De preferência ofereça ao pet alimentos úmidos, como sachês, ou a própria ração. Os petiscos podem ser frutas suculentas, como melancia e melão. Em hipótese alguma ofereça alimentos vendidos na praia e que podem causar intoxicação. Para espantar o calor, deve-se ofertar água sempre geladinha e limpa. É importante não deixar a praia suja, por isso leve sempre sacolinha para pegar as fezes do animal.
8 – É preciso dar banho todo dia que retornar da praia?
A resposta é sim! Os animais precisam tomar banho quando chegam em casa, para que seja retirado todo o sal e a areia que ficam na pele e que podem causar prurido e dermatites. É importante ainda não esquecer de secá-lo muito bem!
Sobre o Grupo UniEduK
Há 24 anos no mercado, o Grupo UniEduK, é composto pelo Centro Universitário de Jaguariúna – UniFAJ, Centro Universitário Max Planck – UniMAX e Faculdade de Agronegócios de Holambra – FAAGROH, instituições reconhecidas com nota máxima (5) pelo MEC em corpo docente, infraestrutura e Projeto Pedagógico do Curso (PPC). Com a missão de promover a educação socialmente responsável, com alto grau de qualidade, propiciando o desenvolvimento dos projetos de vida dos alunos, o Grupo UniEduK tem como foco transformar o futuro das pessoas, na prática. Para tanto, dispõe de moderna infraestrutura em 9 campi, equipados com Hospital Veterinário, Interclínicas e Centro Clínico de Especialidades Médicas. Tendo como mote fornecer uma educação de qualidade e prática que empregue pessoas, o Grupo UniEduK não mede esforços para investir em inovação, pessoas, infraestrutura e tecnologias que façam a diferença na formação profissional.
Para isso, a instituição de ensino conta com o Modelo de Ensino Educar, que utiliza de metodologias ativas, onde o aluno é o protagonista de sua jornada de aprendizagem e conta com certificações intermediárias para aumentar as chances de conquistar uma vaga no mercado de trabalho. São diversos cursos nas áreas de Saúde, Humanas, Exatas, Tecnologia e Agronegócio nas modalidades presencial e a distância, entre outras opções de pós-graduação, MBA, extensão e especialização. Todos os cursos presenciais possuem no mínimo 50% de aulas práticas desde o início, corpo docente altamente qualificado e infraestrutura moderna, com salas de aulas e laboratórios equipados de acordo com as necessidades do mercado de trabalho.