Com informações de G1 Campinas
Funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviço para os Correios de Indaiatuba (SP) paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (8). De acordo com os manifestantes, a greve é por conta do parcelamento dos salários do mês de junho.
A greve teve inicio às 5h10, em frente ao Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) dos Correios de Indaiatuba, onde os funcionários trabalham. A empresa está localizada na Rodovia Eng. Ermênio de Oliveira Penteado (SP-075), 4003. Segundo a Polícia Rodoviária, não houve reflexos no trânsito da via.
Segundo os manifestantes, há cerca de 60 pessoas no local em “um ato pacífico” contra as ações da empresa. Os funcionários afirmaram que comunicaram a decisão de deflagrar a greve na noite de terça-feira (7), depois da empresa MG Terceirizações informar que pagaria os salários de junho em duas parcelas, nos dias 16 e 29 de julho.
Sem contrato há 3 meses
Segundo os funcionários que participam do ato, os problemas começaram a partir da migração da antiga empresa encarregada pela terceirização da função que eles exercem para a MG Terceirizações. Eles relatam que não houve exame admissional por parte da companhia e que estão há mais de 3 meses sem a oficialização de um contrato de trabalho.
Os manifestantes têm o cargo de auxiliar operacional logístico e não prestam atendimento direto ao público. Eles reclamam de atraso nos pagamentos e que não recebem suporte suficiente da empresa contra o contágio do novo coronavírus.
“Existem pessoas que nunca recebem o salário na data, [..] tem pessoas que recebem de 15 a 20 dias após o quinto dia útil”, comenta um dos manifestantes.
O que dizem empresa e Correios?
Os Correios informaram, em nota, que estão em dia com o pagamento da empresa contratada e já tomaram as providências contratuais para regularizar a situação. “A empresa informa, ainda, que também adotou medidas contingenciais a fim de minimizar os prejuízos à população, entre elas o remanejamento da carga destinada ao centro para outras unidades e o deslocamento de empregados de municípios próximos a Indaiatuba para reforçar a operação”, diz o texto.
Já a MG Terceirizações que ainda vai enviar um posicionamento completo, mas adiantou, que vive dificuldade financeira e que fechou um acordo com o sindicato dos trabalhadores para parcelamento dos salários dos próximos três meses.
foto: arquivo pessoal.