Cidades

Governo de SP interrompe cobrança de eixo suspenso em pedágios

Agência Brasil

O governador de São Paulo, Márcio França (PSDB), anunciou no final da tarde de sábado (26) a suspensão da cobrança do eixo suspenso, usado pelos caminhões que trafegam sem carga total, nos pedágios das rodovias paulistas.

Em reunião no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, com caminhoneiros identificados como líderes do movimento grevista no Estado pelas redes sociais, principalmente pelos grupos de Whatsapp, o governador anunciou um pacote de medidas para negociar a desobstrução das rodovias paulistas.

O fim da cobrança do eixo suspenso começa a vigorar a partir da 0h de terça-feira (29), prazo negociado pelos líderes dos caminhoneiros para liberação das rodovias, principalmente trechos da Régis Bittencourt (que liga aos estados do Sul) e do Rodoanel (que interliga rodovias na região metropolitana paulista). França prometeu retirar as multas aplicadas pela Polícia Rodoviária aos caminhoneiros parados nas rodovias.

Líderes do movimento deixaram a reunião no começo da noite prometendo informar o pacote de medidas favoráveis à categoria, principalmente aos caminhoneiros parados nas duas rodovias. Na reunião, que teve a participação de vários secretários estaduais, o governador anunciou que também estudará uma proposta de cobrança diferenciada de Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aos caminhoneiros autônomos em 2019, que segundo os líderes presentes representam 130 mil motoristas no estado de São Paulo.

O fim da cobrança por eixo suspenso significa uma queda de cerca de R$ 50 milhões na arrecadação das concessionárias que administram as rodovias paulistas, segundo o governador. França informou que negocia com o governo federal um repasse para cobrir essa isenção. A negociação entre o governo paulista e o governo federal terá como interlocutor o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que acertou à noite a vinda à São Paulo para participar de uma reunião com representantes do governo paulista e integrantes do movimento grevista dos caminhoneiros.

foto: arquivo/Comando Notícia