A Polícia Militar comprará mil fuzis calibre .7,62x51mm para melhorar ainda mais as condições de enfrentamento ao crime no território paulista. A aquisição, realizada por meio de processo licitatório, prevê o pagamento de R$ 12.530,27 pelo fornecimento de cada fuzil. Assim, o valor total do investimento será de R$ 12,5 milhões.
Nesta terça-feira (17), durante a realização de sessão pública, os fabricantes Beretta (Itália) e FN Herstal (Bélgica) apresentaram propostas. O fuzil belga Scar-H foi ofertado por R$ 19.988,08 a unidade, enquanto o italiano, um modelo ARX200, foi apresentado pelo valor unitário de R$ 12.530,27, sendo, portanto, o melhor classificado nessa fase inicial da licitação.
Etapas
A partir da conclusão da fase inicial do processo de aquisição, a primeira colocada terá 15 dias para apresentar amostras do fuzil para a Polícia Militar. Se aprovadas durante a avaliação, os testes serão agendados.
A etapa de testes terá duração de dez dias, quando serão reproduzidas avaliações que constam na norma OTAN AC/225D/14. Trata-se de uma padronização de controle de qualidade internacional específica para as chamadas “armas leves”.
De acordo com o tenente-coronel Marco Valério, do Centro de Material Bélico da PM, obedecer aos critérios é fundamental para garantir maior segurança, qualidade e durabilidade na aquisição e no manuseio dos fuzis.
Os participantes e interessados serão informados, por meio de publicação em Diário Oficial, da data do início dos testes. Após eventual aprovação nos testes, a empresa vencedora terá até 120 dias para a entrega da totalidade dos fuzis adquiridos.
Modernização
As aquisições integram um programa de modernização estruturado pelo Governo do Estado, Secretaria da Segurança Pública e Polícia Militar que prevê a realização de onze licitações internacionais para compra de armamentos com tecnologia de ponta para a PM.
Além desse processo licitatório, está em andamento regime de licitação para a aquisição de 300 fuzis calibre .556. Ambos os fuzis – .7,62 e .556 – são plataformas modernas utilizadas em operações de segurança na atualidade.
Enquanto o fuzil .556 é mais leve e apropriado para operar em ambientes urbanos, o .7,62 dispara projéteis maiores e capazes de percorrer distâncias mais longas. Trata-se de uma arma de apoio, principalmente para os Batalhões de Choque e para os Baeps, unidades ligadas ao enfrentamento do crime organizado.
O programa de modernização também é responsável pela aquisição de 40 mil pistolas .40 e mil armas de incapacitação neuro-muscular. Estão previstas ainda licitações para compra de dez metralhadoras leves, mil submetralhadoras, 4 mil coletes de proteção balística, dois fuzis de precisão (sniper) e munições, tanto para os fuzis de precisão quanto para calibre .12.
Armas
A modernização do arsenal das forças públicas de segurança do Estado de São Paulo vem de encontro à necessidade de melhorar ainda mais as condições de enfrentamento ao crime.
Apenas neste ano de 2019, até o mês de julho, mais de 7 mil armas de fogo haviam sido apreendidas e retiradas de circulação em todo o Estado. Deste total, 156 eram fuzis que estavam em poder de criminosos.
“Essa política de segurança objetiva que a Polícia Militar do Estado de São Paulo seja uma referência internacional tanto na adoção de boas práticas quanto na qualidade de seus equipamentos”, ressalta o tenente-coronel Marco Valério.
foto: divulgação/arquivo