Polícia

Guarda e socorristas salvam vida de homem no Tancredo Neves

INDAIATUBA – Um rapaz de 36 anos teve a vida salva por guardas com motos (Romi) e por socorristas das ambulâncias municipais na tarde de sexta-feira (2), no Tancredo Neves. De acordo com os próprios agentes, o rapaz tentou suicídio, mas foi possível salvá-lo.

Ele foi levado até a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) onde foi atendido e ficou sob cuidados médicos. Qualquer ocorrência suspeita, ligue 153 (Guarda), 190 (Polícia Militar) ou para o Centro de Valorização da Vida, 141.

Vale a pena viver

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram, no Brasil, 12 mil suicídios por ano. No mundo, são mais de 800 mil ocorrências, isto é, uma morte por suicídio a cada 40 segundos, conforme o primeiro relatório mundial sobre o tema, divulgado pela OMS, em 2014.

Em geral, a vontade de acabar com a própria vida é provocada pela falta absoluta de perspectiva e uma enorme sensação de desamparo e angústia. O que não se destaca é que, na maioria dos casos, o radical desejo é gerado por um quadro de transtorno mental tratável, como depressão, transtorno bipolar afetivo, esquizofrenia, quadros psicóticos graves e transtornos de personalidade, como o borderline.

“Somente 3% não têm diagnóstico desses transtornos. Há um alto índice também de histórico de drogas, álcool e outras substâncias”, diz a psicóloga Fabíola Rottili Brandão. Fabíola esclarece ainda que, embora prevaleçam os casos em que preexiste um distúrbio mental, há situações em que o suicídio pode ser um impulso desencadeado por um infortúnio pontual, mas que, ainda assim, a pessoa já tem um processo de desorganização interior. “Em 10% das ocorrências podemos observar essas questões. Pode ser, sim, um caso de súbita desesperança.”

Para o psiquiatra Régis Barros, fortalecer-se emocional e mentalmente é como o ser humano resiste às decepções e contrariedades, comuns a todas as pessoas. “Viver não é uma tarefa simples. Viver é fabuloso, mas somos sistematicamente testados, colocados à prova, sofremos com as frustrações do viver. A resiliência é importante para construir uma habilidade social para a vida”, diz.

foto: arquivo/Comando Notícia