Indaiatuba

Haoc: Mãe diz que filho teve crise de asma, mas queriam interná-lo na ala de infectados por Covid-19

Eliana, moradora do Jardim Morada do Sol em Indaiatuba (SP),  procurou o Comando Notícia nesta quarta-feira (28) para falar sobre o que aconteceu com ela e o filho hoje no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc). Segundo Eliana, ela levou Natan para o hospital para tratar de uma crise de asma, mas os médicos suspeitaram que ele pudesse estar com Covid-19 e pediram para fazer o exame. O resultado deu negativo, mas segundo Eliana, mesmo com o resultado em mãos, os médicos queriam interná-lo na ala onde ficam os pacientes que contraíram o novo coronavírus. A mãe ficou desesperada e disse que colocar o menino junto com pacientes com Covid-19 poderia ser fatal para Natan.

A mãe contou ainda que o menino sofre com crises de asma já faz 6 anos, e que sempre tratou na PUC Campinas, mas por uma emergência, foi até o Haoc. E continuou dizendo:

“Eles estão querendo colocar ele na ala dos infectados, mesmo sabendo que ele não está com Covid-19, deu negativo. Mesmo assim eles estão querendo procurar um positivo pra ele onde não existe, porque os exames que ele fez deram negativo, e em nenhum momento eles ofereceram uma ala segura para o menino. Eles disseram que lá que ele tem que ir e que eu sou obrigada a levar ele pra lá”

E eu como mãe, sei que indo pra lá, sim, ele vai correr um risco muito grande de pegar o que ele não tem, que é a  Covid; e poder perder até a sua vida, por ignorância de um hospital onde não tem estrutura para o paciente que recebe. Por isso estou aqui pedindo ajuda.”

Nós entramos em contato com o Haoc para saber da situação do menino e sobre a ocupação dos leitos da parte nova do hospital. Em nota o Hospital respondeu apenas que tudo foi feito dentro do protocolo seguro de atendimento. Confira abaixo a nota na íntegra.

 

O que disse o Haoc

O HAOC informa que está equipado com alas para atendimento exclusivo para sintomas de síndrome respiratória, dotados de todos os protocolos para garantir a segurança de seus pacientes.

Os casos suspeitos ou com resultado inicial negativo NÃO são internados no mesmo ambiente que pacientes com diagnóstico COVID-19 positivo, e sim em setor isolado, cujo único contato é com equipe treinada, exclusiva do setor, que utiliza tecnologias de desinfecção dos ambientes e superfícies, em apartamentos novos e modernos, e são utilizados todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários. Apenas as crianças ficam com acompanhante (pai ou mãe), em quarto ISOLADO.

Lembramos que além do exame laboratorial, também há avaliação clínica, na qual o médico aponta a necessidade de internação. Por exemplo, quando o paciente apresenta saturação baixa de oxigênio, desconforto respiratório, necessita de cateter nasal de oxigênio, etc. Entre cinco e sete dias de sintomas, o exame laboratorial para COVID é repetido, e conforme o resultado, a equipe médica analisa se mantém o paciente no setor de sintomas respiratórias ou é transferido para diferente ala.

No caso apontado pela reportagem, após conversar com médicos, enfermeiros e conselheiros tutelares, a mãe da criança concordou com a internação, feita dentro dos protocolos acima mencionados.

 

Foto: arquivo pessoal.