Ocorreu na noite do último sábado, dia 14 de março, a primeira captação de órgãos de 2020 no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC). O paciente, um homem de 31 anos, sofreu um aneurisma de artéria e estava internado na unidade de terapia intensiva desde o dia 27 de fevereiro. Perante os protocolos que atestam a morte cerebral, a família autorizou a doação de órgãos.
Diante deste quadro, a equipe da Unicamp foi acionada e iniciou a captação na noite do dia 14, finalizando na madrugada do dia 15. Coração, fígado, rins e córneas foram os órgãos captados e destinados para pacientes que aguardam na fila de transplante.
O HAOC conta com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), responsável por detectar possíveis doadores de órgãos e tecidos, viabilizar o diagnóstico de morte encefálica, criar rotinas para oferecer aos familiares de pacientes falecidos no hospital a possibilidade de doação de córneas e outros tecidos, entre outras prerrogativas.
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado, intestino) ou tecido (córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.
A legislação em vigor determina que a família será a responsável pela decisão final em caso de óbito de um parente, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade. Em vida é possível doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.
Após efetivada a doação, os órgãos vão para os pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.
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