Uma equipe médica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizou na última quinta-feira (29) a captação de órgãos de um paciente de 54 anos que estava internado no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC). Vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), o paciente recebeu cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), porém, os protocolos de exame apontaram morte encefálica e os familiares autorizaram a doação de órgãos. O procedimento resultou na captação de córnea, rins, fígado e ossos, ajudando assim diversas pessoas que aguardam na fila de transplante.
Conforme determina a Lei Federal 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, a retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória. Por outro lado, a Lei permite à pessoa “juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo (…) quando se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade e não represente grave comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental”.
O HAOC conta com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), responsável por detectar possíveis doadores de órgãos e tecidos, viabilizar o diagnóstico de morte encefálica, criar rotinas para oferecer aos familiares de pacientes falecidos no hospital a possibilidade de doação de córneas e outros tecidos, entre outras prerrogativas. Esta foi a segunda vez que ocorreu doação de órgãos no HAOC no ano de 2018.
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