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Polícia

“Hoje sou Bolsonaro desde criancinha”, Marco Feliciano fala ao Comando Notícia

HUGO ANTONELI JUNIOR/NÚBIA ISTELA

INDAIATUBA – Atração especial do evento Abala Indaiatuba, realizado na quinta-feira (2), o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC) esteve na cidade e conversou com a equipe do Comando Notícia no hotel em que estava hospedado minutos antes de subir ao palco da sala Acrísio de Camargo, no Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (Ciaei).

Ele falou sobre a atuação política, aspectos religiosos, históricos e convites para as eleições do ano que vem, revelando inclusive estar conversando com partidos sobre possibilidades no ano que vem.

Comando Notícia: O senhor é pré-candidato à presidência?

Marco Feliciano: (risos) Boa pergunta. A política brasileira é muito dinâmica, a gente não sabe o que vai acontecer. Eu quero servir ao meu país, meu estado, principalmente, da melhor maneira possível. Hoje eu sou pré candidato à reeleição como deputado federal. Existem partidos que querem me lançar ao Senado e até quem queira que eu seja vice presidente da República ao lado do [Jair] Bolsonaro (PSC), mas como eu disse, a política é dinâmica, a gente dorme de um jeito e acorda de outro, temos que esperar o que vai acontecer. São inúmeras variáveis. Não é a pessoa física que determina, é um grupo e eu precisaria me reunir com eles para saber.

CN: O Brasil está mais perto de ter um presidente evangélico?

MF: Que seja uma profecia isso. Nós ainda não temos condições de eleger um presidente. Nós temos 30% da população, uns 25% votam. Temos muita força, podemos atrapalhar qualquer um de ser eleito. O IBGE diz que nos próximos 10 anos, o Brasil deve ser considerado um país evangélico com o crescimento das igrejas, isso assusta os meios de comunicação, o movimento ateu mundial, inclusive a igreja católica, mas a visão do evangélico não é tomada de poder, nem tomar a política, mas, sim, pregar o evangelho e mais nada.

CN: Qual são os grandes feitos deste seu segundo mandato?

MF: Sem dúvida, o impeachment da Dilma [Rousseff], do PT. A queda do PT foi o nosso grande troféu. Nós trabalhamos em Brasília com um grupo que chamamos de pensadores que articula as questões políticas nacionais. Nós nos reunimos logo no início deste mandato para isso. Depois veio mais coisa, a queda do Eduardo Cunha (PMDB), o avanço da [operação] Lava Jato e hoje quase que dois terços do Congresso estão nas listas da Odebrecht.

feliciano

CN: Mas o senhor votou a favor do Eduardo Cunha, não?

MF: Não votei a favor do Eduardo Cunha. Votei naquilo que é justo. Brasileiro gosta muito de política, mas discute política sem conhecimento. Quando ele foi afastado da Câmara, a acusação era de que ele tinha contas no exterior e que ele mentiu à uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] e por quebra de decoro. Todavia, o relator do caso não encontrou contas no exterior. Se existe, ninguém achou. Eu não podia ser injusto. Não ia fazer como fazem alguns colegas meus na Câmara, que vão na onda do povo. Nem sempre o povo está correto. Como por exemplo o caso do presidente [Michel] Temer (PMDB). Eu não votei pelo Temer, votei pelo Brasil, e explico. Porque toda vez que cai um presidente, o Brasil ou qualquer país, fica abalda dentro do mercado internacional. O presidente é a “cara” do país, ou seja, quando um presidente está bem, vai tudo bem, quando está mal, tudo vai mal. Nenhum investidor vai querer colocar dinheiro do país sem saber qual governo virá, pode ser uma ditadura, ninguém sabe. A queda da Dilma nos levou a 14 milhões de desempregados. O desemprego gera pobreza e a pobreza gera a violência. Se a gente derruba o Temer na semana passada, teríamos 23 milhões de desempregados até fevereiro. Não votei pelo presidente, votei pelo meu país. Mentem quando dizem que nós arquivamos o processo, que continua na esfera federal, quando ele deixar de ser presidente, ele perde o foro privilegiado, aí o processo vai poder ser julgado na primeira instância, aí a Justiça vai ser feita. Se a gente aceita a denúncia, ele ia cair na mão do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi o mesmo que soltou o José Dirceu (PT), ninguém confia mais. Em 2019 ele vai cair na mão do juiz Sérgio Moro e ele é o nosso herói.

CN: Ser presidente da Comissão de Direitos Humanos foi o seu “ápice” como deputado?

MF: Foi o momento em que eu fiquei em evidência, que consegui ser voz. Imagine um país com 513 deputados, tente lembrar o nome de dez, você está em um estado que tem 70, mas a sua mente sempre vai levar para dois ou três. Graças a Deus eu sou lembrado não por corrupção ou qualquer coisa ruim, sou lembrado por ter defendido princípios e uma democracia tem isso como oxigênio, se você não pode defender suas opiniões, está em um regime totalitário, comunista. Em 2013 eu apareci por causa da Comissão de Direitos Humanos. A briga não era por questão ideológica, mas, sim, por dinheiro. Em um ano à frente, eu eliminei das contas do movimento gay nacional R$ 300 milhões, porque a comissão indica para onde vão recursos orçamentários. Por quase 10 anos, a comissão mandou todos os anos, R$ 300 milhões para instituições que não faziam nada para a sua classe, os gays. Se você queima os cofres deles. Desde lá, onde estão as grandes marchas e eventos do movimento? Então, a briga com eles era só porque eles queriam dinheiro.

CN: Quais candidatos para presidência o senhor apoia?

MF: Hoje eu sou Bolsonaro desde criancinha, porque na situação atual nós não temos nomes que se despontem. Tem até um nome no estado do Paraná, o senador Álvaro Dias (Podemos). Pesquisei a vida dele e fiquei espantado com os níveis de aprovação (84%) quando ele era governador e da votação para o Senado (92%). E o Paraná é um estado de peso no nosso país. É um parlamentar limpo e tem experiência. O Bolsonaro é limpo, não tem experiência e lhe falta um pouquinho de polidez. Ele é inteiramente militar, mas meu medo é esse, mostrando o Bolsonaro com o Lula. Acho estranhas essas pesquisas, porque para o Bolsonaro é comum, mas nunca encontrei ninguém que falou que votaria no Lula. Fico com medo porque ele [Bolsonaro] não é bem visto na mídia e eles podem criar factóides [notícias mentirosas] para chegar no segundo turno e o Lula estourar.

CN: Qual a importância da Reforma Protestante para os evangélicos no Brasil?

MF: O Brasil é o país onde mais cresce o número de evangélicos no mundo, então, a Reforma tem sobre nós uma luz muito forte. Nada mais for contra alguns dogmas do catolicismo que ele não julgava ser necessário para salvação. Os movimentos que temos no país não são como os reformadores originais. Temos os evangélicos, os pentecostais e os neopentecostais. Eu sou pentecostal.

CN: Como o senhor lida com a mistura entre a religião e a política?

MF: A religião é uma instituição que ainda tem respeito. Polícia e religião sempre andaram juntas, pessoas leigas ou ignorantes não sabem isso. A maioria dos brasileiros diz professar o cristianismo e tem na Bíblia vários exemplos. Quem foi Daniel, José do Egito, Nicodemos. O próprio Jesus foi enterrado em um lugar pertencente à um senador. A democracia que temos presentes no ocidente, o estado laico é um presente da Reforma Protestante. Foi Calvino que começou a lutar por isso, para que todas as religiões tivessem voz. Religião e política podem andar juntos, principalmente no nosso país e em nome do estado laico eu posso professar a minha fé e você a sua. A esquerda brasileira consegue mentir muito, como eles tem a mídia junto, conseguem criar uma série de zumbis que não entendem isso. O nosso estado não é laicista ou apolítico. A nossa Constituição tem a regência de Deus. O estado ser laico não impede manifestações religiosas como o cristo redentor no Rio de Janeiro, os feriados que temos ou até nomes de estados como São Paulo ou Santa Catarina. É muita besteira.

CN: Não é a primeira vez que o senhor vem para Indaiatuba. O que traz? Seu público é majoritariamente assembleiano?

MF: Eu vim falar para as pessoas que ainda tem fé, ainda tem esperança e que para aqueles que tem uma fé que transcende a visão humana, vivem melhor. O Brasil todo grita crise, vou fazer aquele povo gritar “Cristo”. Talvez o único pastor brasileiro que apesar de pertencer à uma igreja, consegue conversar com todas as outras. Inclusive as pessoas que não são evangélicas que acabam indo para ouvir o deputado e acabam ouvindo o pastor.

CN: Qual a sua relação com o pastor Silas Malafaia?

MF: Nos damos muito bem. Principalmente na questões políticas. Somos amigos.

CN: Se perder no que vem, sua carreira política acabou?

MF: O futuro pertence a Deus. As pessoas me perguntam quantos votos eu quero ter e eu falo que quero ter o suficiente e mais um. Eu fui o quarto mais votado da história de São Paulo. Foram 400 mil votos, sem recurso nenhum para investir. A eleição é muito dinâmica, vai depender se o povo vai me querer. Se quiser, eis-me aqui. Se não, eu estou deputado, mas sou pastor. Posso amanhã não ser mais político, mas sempre serei pastor.

CN: Qual a importância de um evento como o Abala Indaiatuba?

MF: Todas as vezes que a igreja se reúne é para uma batalha, uma guerra e não é contra homens ou governos, é no mundo espiritual, contra espíritos. E o mundo espiritual é vivo, é verdadeiro. Você pode não ver, mas quando acredita, passa a ver. O Abala Indaiatuba é uma profissão de fé. Nós queremos abalar o mundo espiritual desta cidade e dizer para as pessoas que somos famílias e só com um porto seguro você consegue viver melhor. Quero convidar a todos para me seguir nas redes sociais.

Fotos: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia