com informações do G1 Campinas
Um homem foi detido, na tarde deste sábado (13), suspeito de ter se masturbado dentro de um ônibus de Campinas (SP). De acordo com a Polícia Militar, o motorista, após ser avisado por uma passageira, fechou as portas do coletivo. O rapaz pulou pela janela para tentar fugir, mas passageiros desceram e seguraram ele até a chegada da corporação.
O suspeito foi encaminhado à 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na 2ª Seccional de Campinas, mas a Polícia Civil não confirmou se ele permanecerá preso ou será liberado. A ocorrência foi registrada como importunação sexual. O ônibus é da linha 125, que faz o trajeto Terminal Ouro Verde-Shopping Iguatemi. O suspeito foi detido na altura da Avenida Ruy Rodrigues.
Violência contra a mulher
A partir da sanção da Lei Maria da Penha, o Código Penal passou a prever estes tipos de agressão como crimes, que geralmente antecedem agressões fatais. O código também estabelece que os agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada se ameaçarem a integridade física da mulher.
Pela primeira vez, a Lei também permitiu que a justiça adote medidas de proteção para mulheres que são ameaçadas e correm risco de morte. Entre as medidas protetivas está o afastamento do agressor da casa da vítima ou a proibição de se aproximar da mulher agredida e de seus filhos.
Além de crime, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda considera a violência contra a mulher um grave problema de saúde pública, que atinge mulheres de todas as classes sociais. A lei leva o nome de Maria da Penha Maia, que ficou paraplégica depois de levar um tiro de seu marido. Até o atentado, Maria da Penha foi agredida pelo cônjuge por seis anos. Ela ainda sobreviveu a tentativas de homicídio pelo agressor por afogamento e eletrocussão.
Fruto da Lei Maria da Penha, o crime do feminicídio foi definido legalmente em 2015 como assassinato de mulheres por motivos de desigualdade de gênero e tipificado como crime hediondo. Segundo o Mapa da Violência, quase 5 mil mulheres foram assassinadas no país, em 2016. O resultado representa uma taxa de 4,5 homicídios para cada 100 mil brasileiras. Em dez anos, houve um aumento de 6,4% nos casos de assassinatos de mulheres.
foto: divulgação