CidadesIndaiatuba

Igreja católica promove atividades até domingo em homenagem à Santa Rita

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Começaram na terça-feira (22) as comemorações da Igreja Santa Rita em homenagem à santa que dá nome à paróquia. As missas aconteceram em quatro horários e seguem até domingo, dia 27. O padre Xico, responsável pela comunidade deste o início, há 54 anos, falou ao Comando Notícia antes de uma das celebrações no dia de Santa Rita de Cássia, ao vivo.

Passaram pela igreja, de acordo com o padre, seis mil pessoas na terça, número que deve chegar a dez nas celebrações no final de semana. As missas continuam às 19h30 até sexta-feira, dia 25. Na quarta, quem comanda a celebração é a Diaconia Aliança. No dia seguinte é a vez da Diaconia Vida Nova. Sexta, a Diaconia Renovação é quem estará à frente dos trabalhos.

No sábado, dia 26, às 19 horas, a Diaconia Deus Conosco é a responsável. Domingo, dia 27, a programação se encerra com a Diaconia Ressurreição em três horários, 7 horas, 9h30 e 18h30. Mais informações: (19) 3875 3014 ou (19) 3875 2488.

20180522_091558

Santa Rita de Cássia

Rita era a abreviação carinhosa de seu verdadeiro nome – Margherita. A santa das causas impossíveis nasceu em Roccaporena, uma pequena aldeia na prefeitura de Cássia, na Itália no ano de 1381. Filha de pais não afortunados, desde pequena sempre mostrou interesse pela religião e sempre que rezava dizia que um Anjo descia do céu para visitá-la.

Aos 13 anos já tinha o desejo de tornar-se monja agostiniana, mas para atender o desejo dos pais já idosos acabou casando-se cedo com um jovem chamado Paulo Ferndinando Mancini. Ele era conhecido por um temperamento bruto e rude, o que fez do casamento de 18 anos entre eles uma grande provação. Graças à bondade de seu coração e a sua fé inabalável, após muitas orações e pedidos, conseguiu converte-lo e proporcionar-lhe um pouco de alegrias antes que a morte trágica, fruto de seus atos anteriores, chegasse à família.

Após a morte do pai, os dois filhos do casal – João Tiago e Paulo Maria quiseram vingar sua morte e Santa Rita, orou para que Deus tirasse aquele desejo do coração de seus filhos e confessou que preferia que eles morressem e fossem levados ao Céu do que se sujar com aquele crime. Dito e feito, pouco tempo depois os dois adoeceram por conta de uma peste que assolou a região e acabaram por falecer.

Foi onde Santa Rita se viu sozinha e disposta a ir atrás de sua antiga vocação: tornar-se uma monja agostiniana. Foi negada por três vezes no mosteiro mas nem por isso desistiu ou deixou de visitar os pobres e enfermos e fazer caridade. Mas, em uma noite ela escutou uma voz a chamando e quando abriu a porta de casa viu três homens lá: Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista – seus santos protetores. Eles a conduziram até o convento, que estava com as portas trancadas, e a conduziram até o seu interior. As religiosas (que antes haviam recusado Santa Rita) ao acordar, ficaram surpresas de vê-la ali rezando na capela sendo que a porta estava fechada.

Após esse episódio, ela foi imediatamente aceita na Ordem como serviçal e mesmo com os afazeres rotineiros não deixou de orar. Além disso, também não deixou de visitar os pobres e enfermos e enfrentar muitas dificuldades que fizeram-a testar ainda mais a sua fé.

Em 1450 foi proclamado Ano Santo e todas as monjas do convento iriam a Roma receber indulgências do Papa. Santa Rita também quis ir, mas devido a sua saúde frágil e a ferida em sua testa que continuava fétida foi proibida. Entrou em oração e pediu a Deus que tirasse a ferida temporariamente apenas para cumprir a peregrinação até Roma e assim foi prontamente atendida. Mesmo com dor e doente, seguiu a pé até Roma onde conseguiu as indulgências. Ao voltar para o convento, a ferida abriu-se novamente e agora haviam mais fiéis pedindo por intercessões diante de Deus.

Após esse episódio, a saúde de Santa Rita ficou mais debilitada e em determinado momento mal se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Em nenhum momento deixou de ter junto ao peito um crucifixo e no dia 22 de maio de 1457 entregou sua alma à Deus. Na mesma hora, a ferida fechou-se e o mal cheiro deu lugar a um discreto perfume e seu rosto foi tomado por um sorriso de contentamento.. Seu corpo não foi sepultado e ficou exposto no oratório e está intacto na igreja anexa ao convento até os dias de hoje.

com informações de Sagrada Família

fotos: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia