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Indaiatuba é a 112ª que mais tem raios no estado; veja dicas de proteção durante tempestades

HUGO ANTONELI JUNIOR

Uma semana depois de uma casa ter pegado fogo supostamente após um raio em Indaiatuba (SP), o Comando Notícia foi atrás de entender como o fenômeno funciona. É mito que um raio não caia duas vezes no mesmo lugar, assim como cobrir os espelhos toda a vez que chover. O medo que as pessoas desenvolvem nos períodos de tempestades típicas de verão tem fundamento em experiências e histórias, mas tem muitos mitos. A cidade de Indaiatuba é a 112º entre as que tem maior incidência de raios no Estado de São Paulo, que tem 645 municípios. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

De acordo com o professor e pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas (Cepagri), da Universidade de Campinas (Unicamp), uma construção de alvenaria é abrigo suficiente para que uma pessoa não seja atingida por um raio. “Nenhuma ligação com a rua, como aparelhos na tomada ou ligações até pela rede de encanamentos, que podem ser condutores de eletricidade. Não é indicado que as pessoas fiquem embaixo de árvores, porque serão atingidas”, orienta. Ele deu uma entrevista para o Bom Dia, Indaiatuba, na quinta-feira (17), que você pode ouvir na íntegra abaixo.

O ideal, segundo diz o professor, é que as pessoas não seja o ponto mais alto em um terreno plano. “Em uma praia, uma pessoa é o ponto mais alto e as descargas elétricas vão atingir este ponto. A nuvem precisa descarregar a energia acumulada nela e vai procurar o ponto mais próximo possível. Nem todos os raios atingem a superfície, alguns são de uma nuvem para a outra ou até para o espaço, para o ar”, informa.

Outro abrigo importante é o carro. “Não pelos pneus que são de borracha, mas pela estrutura metálica, uma espécie de gaiola”, diz. “Se não tiver jeito, o ideal é que a pessoa não se deite no chão, mas que se sente e coloque a cabeça entre os joelhos abaixada”, aconselha.

foto: arquivo/Comando Notícia