Cidades

Indaiatuba é a terceira pior em mortalidade infantil na RMC

 HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) mostram que Indaiatuba foi a terceira pior cidade em mortalidade infantil em 2016, com 12,2 para cada mil nascidos vivos. Se for considerada a média desde 2012, a cidade fica em quarto lugar, com 11,2. As piores cidades foram Morunbaga, com 37,5, e Itatiba, com 14,8. O pior ano de Indaiatuba foi 2013, quando o índice ficou em 12,5. O “melhor” ano foi o seguinte, com 9.

Ao Comando Notícia, a Secretaria de Saúde contestou os dados. “A Secretaria acompanha a série histórica de mortalidade infantil considerando a base de dados do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) e do Sinasc (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos), ambos integram o Datasus, do Ministério da Saúde. Considerando estes sistemas, a taxa de mortalidade no município em 2016 foi de 10,47, portanto, menor que o número indicado pelo Seade.”

Alguns óbitos ocorridos no município aconteceram em “decorrência de causas inevitáveis, como malformações e cardiopatias”, informa a nota da assessoria de imprensa. “A Secretaria de Saúde ressalta que as ações para a redução da mortalidade infantil no município são constantes. Uma delas é a qualificação da assistência ao pré-natal através de capacitações para os profissionais (médicos e enfermeiras), ações de matriciamento com as equipes de atenção básica e adequação do protocolo de atendimento ao pré-natal (baixo e alto risco).”

“Outras ações são a qualificação da assistência ao parto com os médicos ginecologistas que ficam de plantão na maternidade do Haoc diariamente, atuando de maneira integrada ao planejamento da Secretaria Municipal de Saúde, prossegue a Prefeitura. “O incentivo ao parto normal através da adequação do espaço físico da maternidade, garantia da presença de um acompanhante no momento do parto”, encerra.

Mortalidade Infantil RMC 2012-2016

Cidade 2012 2013 2014 2015 2016 média
Americana 8,7 8,7 14,5 10,5 6,8 9,9
Artur Nogueira 8,9 9,6 6,6 17,4 3 9,1
Campinas 9,7 9,3 8 8,2 9,2 8,9
Cosmópolis 3,4 11,5 12,2 9,3 8,7 11,1
Engenheiro Coelho 12 7,8 12 10,5 11,4 10,7
Holambra 11,2 10,5 4,6 5,2
Hortolândia 9,2 7,8 9,3 8,6 10,5 9,1
Indaiatuba 11,4 12,5 9 10,7 12,2 11,2
Itatiba 13,7 13,5 10,4 8,8 14,8 12,2
Jaguariúna 8,6 13,8 11,6 10,5 13 11,5
Monte Mor 9,5 10 5,4 12,4 6,6 8,8
Morungaba 5,6 6,2 5,2 12,7 37,5 13
Nova Odessa 8,5 10,2 13,4 9,5 7 9,7
Paulínia 7,2 8,1 7,2 6,1 6,3 7
Pedreira 9,1 1,9 2 11,8 6,6 6,2
Santa Bárbara d´oeste 9,5 9 10,4 8,2 8,9 9,2
Santo Antonio de Posse 19,2 68 3,3 11,2 7,8
Sumaré 8,8 9,9 8 6 7,3 8
Valinhos 8,2 8,8 7,9 5,9 11,7 8,5
Vinhedo 6,4 7,3 10,6 9,7 7,8 8,4

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa é um instrumento para elaboração de políticas públicas não só para crianças, mas para toda a população. Ela é calculada dividindo o número de óbitos de bebês com menos de 12 meses, pelo número de nascidos vivos, multiplicado por mil.

As mortes de recém-nascidos tiveram alta nas cidades de Campinas, Engenheiro Coelho, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Morungaba, Paulínia, Santa Bárbara d´Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré e Valinhos.

Das 20 cidades da RMC, seis delas têm média acima de 10,0, este é o número limite aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta média é referente aos anos de 2012 a 2016. Os municípios são: Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna e Morungaba.

Na RMC, a média foi de 10.25 para cada mil nascidos vivos, abaixo dos 10.9 de média do estado de São Paulo.

Fotos: divulgação