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Indaiatuba não deve ter colégios militares

HUGO ANTONELI JUNIOR

Na semana em que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que quer um colégio militar em cada capital do País, o Comando Notícia perguntou para as três esferas administrativas da educação sobre a instalação de uma escola militar em Indaiatuba (SP). O Ministério da Educação informou, via assessoria de imprensa, que “a Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares (Secim) foi criada por iniciativa do Governo Federal, para implementar e fortalecer, junto as redes de ensino públicas, novos modelos de gestão voltados à educação básica.”

A Prefeitura de Indaiatuba e a Secretaria Estadual de Educação informaram que não há planos para a instalação. O Governo Federal prossegue informando que “neste sentido, o modelo de escolas cívico-militares abrange desde a atuação no campo da gestão até programas que fortaleçam os valores cívicos, éticos e morais.”

Um levantamento mostra que, de 2013 a 2018, o número de escolas estaduais geridas pela Polícia Militar saltou de 39 para 122 em 14 estados da Federação — um aumento de 212%. Em 2019, outras 70 escolas deverão ser colocadas sob a gestão de militares nesses estados. “Há previsão de que haja escolas cívico-militares em todos os estados do país. Porém, além da adesão voluntária da Secretaria de Educação, torna-se fundamental a parceria com as Forças Armadas e/ou com as Forças de Segurança Pública, para a consolidação do modelo proposto.”

Prefeitura

A Secretaria Municipal de Educação informou, através da assessoria de imprensa, que “a implementação de um colégio militar no município depende de proposta do Governo Federal e até o momento a Secretaria de Educação não recebeu nenhuma proposta sobre o assunto.”

Estado 

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo afirmou, via assessoria de imprensa, por telefone, que não há um plano para a implantação de escolas militares no estado”.

Ministério da Educação

O Ministério da Educação informou, via assessoria de imprensa, que “a questão pedagógica de cumprimento aos currículos de ensino continuará sob a responsabilidade das secretarias de educação de cada localidade. Para participar do programa deverá haver a adesão das secretarias de educação, o aceite da comunidade escolar e a disponibilidade de militares em cada localidade.”

E prossegue. “Destaca-se que as secretarias de educação municipais e estaduais, que aderirem ao programa, indicarão as escolas da sua rede que se tornarão escolas cívico-militares, a partir do atendimento de requisitos, tais como: baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), localização em áreas de alta vulnerabilidade social, dentre outros.”

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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a defender nesta semana a construção de colégios militares e disse que a meta do atual governo é implantar um em cada capital do país. “O que tira um homem ou mulher de uma situação difícil em que se encontre é o conhecimento. Queremos mais crianças e jovens estudando nesses bancos escolares. Respeito, disciplina e amor à pátria são fundamentos importantes desses colégios”, afirmou.

Bolsonaro participou de cerimônia em comemoração ao 130º aniversário do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Ele destacou a excelência do ensino e o sucesso dessas instituições nas avaliações da educação básica. “Precisamos promover uma educação que prepare nossos jovens para os desafios da quarta revolução industrial”. De acordo com o presidente, já está em andamento a construção do maior colégio militar do Brasil, no Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.

com Agência Brasil

fotos: divulgação