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Indaiatuba perdeu 629 empregos em dezembro; foram criadas 5,7 vagas/dia em 2018

HUGO ANTONELI JUNIOR

Indaiatuba (SP) perdeu 629 vagas de emprego apenas no mês de dezembro de 2018, mesmo assim o saldo entre contratações e demissões ficou positivo em 2.094 entre janeiro e dezembro do ano passado. É uma média de 5,7 vagas em cada um dos 365 dias, mas que já foi superior a 10. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (23).

O melhor setor em todo o ano foi o de serviços, com 993 vagas criadas a mais do que demissões. O único setor negativo foi o de extração mineral, com menos oito vagas. Os melhores setores após serviços estão indústria da transformação (683), comércio (210), construção civil (116), serviços industriais de utilidade pública (79) e agropecuária (21). A administração pública ficou zerada.

Novembro x dezembro. Se comparados os dados de novembro com os de dezembro houve uma perda significativa de vagas. Só na área da indústria da transformação foram 319 vagas “perdidas”, assim como o setor de serviços, que teve 393 empregos a menos do que o registrado no mês anterior, mesmo assim os dois setores foram os que mais geraram emprego no ano passado. Quem surpreendeu no período foi o setor de construção civil, fechando o ano com 116 vagas positivas. No mês anterior eram sete vagas negativas, ou seja, cresceu 123 vagas entre novembro e dezembro.

Aumento de 549%. Se os dados entre janeiro e dezembro do ano passado forem comparados com os de 2017, houve um crescimento de 549%, marcando o retorno da cidade ao patamar positivo de empregos. Isso não acontecia desde 2013, quando a cidade teve 3.592 vagas positivas. Em 2017 a cidade teve saldo negativo de 466 vagas, contra 2.094 positivos no ano passado. Se forem comparados com os dados de 2016, o total negativado era de 1.702 nos doze meses.

As 10 ocupações que mais geraram empregos formais em 2018:

  1. Alimentador de linha de produção: 100.061
  2. Faxineiro: 61.653
  3. Auxiliar de escritório, em geral: 56.511
  4. Servente de obras: 42.372
  5. Atendente de lojas e mercados: 37.079
  6. Repositor de mercadorias: 33.125
  7. Recepcionista em geral: 28.530
  8. Embalador, a mão: 27.497
  9. Assistente administrativo: 25.702
  10. Técnico de enfermagem: 24.420

As 10 ocupações que mais perderam empregos formais em 2018:

  1. Supervisor administrativo: -23.712
  2. Gerente administrativo: -20.350
  3. Gerente de loja e supermercado: -12.984
  4. Gerente comercial: -10.550
  5. Motorista de carro de passeio: -10.166
  6. Pedreiro: -9.425
  7. Gerente de vendas: -8.964
  8. Supervisor de vendas comercial: -8.505
  9. Cozinheiro geral: -8.213
  10. Conferente de carga e descarga: -8.173

Brasil

O Brasil encerrou 2018 com saldo positivo de 529,5 mil empregos formais, segundo dados do Caged, divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Esse foi o primeiro saldo positivo desde 2014, quando houve geração de 420,6 mil empregos formais. O setor que gerou o maior saldo positivo de empregos formais foi o de serviços, com 398,6 mil, seguido pelo comércio (102 mil).

A administração pública foi a única a registrar saldo negativo, 4,19 mil. De acordo com a secretaria, essas demissões no serviço público devem ter ocorrido pela restrição fiscal em estados e municípios e são referentes apenas a trabalhadores celetistas. São Paulo foi o estado que mais gerou empregos (146,6 mil), seguido por Minas Gerais (81,9 mil) e Santa Catarina (41,7 mil). Os maiores saldos negativos foram Mato Grosso do Sul (3,1 mil), Acre (961) e Roraima (397).

Salário

O salário médio de admissão em dezembro de 2018 ficou em R$ 1.531,28 e o de demissão, R$ 1.729,51. Em termos reais (descontada a inflação), houve crescimento de 0,21% no salário de admissão e perda de 1,39%, no de desligamento, em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

O secretário do Trabalho, Bruno Dalcolmo, reconheceu que “ainda é bastante pequeno” o crescimento real do salário de admissão. Segundo ele, o aumento do salário em período de retomada da economia é gradual. “Os salários tendem a demorar um pouco para subir”.

Segundo ele, na retoma da econômica, após período de recessão, primeiro há aumento da informalidade, depois vem a contratação com carteira assinada e só então, os salários passam a subir gradualmente.

com Agência Brasil, e G1

foto: divulgação