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INDAIATUBA-Polícia faz operação contra casal de influencers suspeito de movimentar R$ 14 mi com ‘jogo do tigrinho’

A Polícia Civil de Campinas deflagrou uma operação nesta terça-feira (23) para desarticular uma quadrilha que atuava na prática de jogos de azar eletrônicos, incluindo o Fortune Tiger, conhecido como “jogo do tigrinho”. O alvo principal foi um casal de influencers que teve as redes sociais suspensas por determinação da Justiça.

Durante a manhã, agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em Indaiatuba (SP) e apreenderam aparelhos celulares, quatro veículos de luxo, eletrônicos e documentos. O material vai ser analisado pela equipe de investigação e pelo Instituto de Criminalística.

“O casal veio do estado do Ceará há algum tempo, sediou residência na cidade de Indaiatuba e passou, por meio das redes sociais, divulgar esse jogo”, explicou o delegado Luiz Fernando Oliveira, da Deic Campinas, em entrevista à CBN Campinas.

A Polícia Civil não divulgou a identidade dos investigados, mas explicou que eram influencers que ostentavam nas redes sociais uma vida de luxo, com carros importados, viagens internacionais e diversos imóveis.

É natural que esse influencers ostentem uma vida de luxo, uma vida de riqueza, com viagens internacionais para, de certa forma, indicar para as pessoas que querem apostar, que é possível auferir lucro e ter uma vida de luxo e de ostentação”, afirmou o delegado.

O Fortune Tiger é um jogo eletrônico do tipo caça-níquel que promete ganhos em dinheiro. Por ir contra a Lei de Contravenções Penais – que considera crime os jogos de azar em que o ganho ou a perda dependem da sorte – o jogo é considerado ilegal.

 

Movimentação de R$ 14 milhões

Celulares, eletrônicos e jóias apreendidos com os investigados em Indaiatuba — Foto: Deic Campinas/Divulgação

Celulares, eletrônicos e jóias apreendidos com os investigados em Indaiatuba — Foto: Deic Campinas/Divulgação

Além do crime de prática de jogos de azar, os investigados, uma mulher de 21 anos e um homem de 31 anos, também são suspeitos de lavagem de dinheiro.

“Durante as investigações, obteve-se Relatório de Inteligência Financeira do COAF apontou que o grupo movimentou cerca de R$ 14 milhões em um espaço de tempo muito curto, com fortes indícios de lavagem de dinheiro, uma vez que toda essa movimentação não era compatível com as informações declaradas aos órgãos fiscais”, diz a Polícia Civil.

A “Operação Infortúnio” foi deflagrada pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (SECCOLD) da Deic de Campinas.

Com informações: g1 Campinas 

Foto: Divulgação /Polícia Civil