NÚBIA ISTELA
INDAIATUBA – A Secretaria da Saúde de recebeu nesta quinta-feira (18) um lote com duas mil vacinas de febre amarela do Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, a vacinação só é possível através de agendamento, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Posto de Saúde da Família (PSF). O programa Bom dia, Indaiatuba, com o Comando Notícia desta sexta-feira (19), na Rádio Jornal, esteve em duas unidades. Em uma delas na praça Corolla, a nossa equipe não conseguiu informações sobre os agendamentos, mas apurou que não há disponibilidade para agendamentos em janeiro e fevereiro. Os moradores do bairro que quiserem a vacina deverão ficar na fila de espera. E na UBS do João Pioli, há agendamentos disponíveis todos os dias entre 9 e 14 horas.
A Secretária da saúde informa que desde o ano passado até agora não registrou nenhum caso de febre amarela, nem humano, nem animal. Mesmo assim, a cidade realizou uma vacinação intensiva. A partir de abril de 2017, foram vacinados os moradores da área rural e de outubro em diante a vacina foi estendida a todos. No total, estima-se que 70% da população esteja imunizada. Em 2017, foram registrados este ano onze notificações de casos suspeitos de febre amarela e todos foram descartados. Os dois macacos encontrados mortos também na divisa de Campinas, foram desconsiderados.
O município continuará aplicando a dose padrão da vacina, basta que o munícipe agende a aplicação na unidade de saúde mais próxima de sua residência. A Anvisa esclarece que as pessoas que já se vacinaram com a dose padrão contra a doença, em algum momento da vida estão imunizadas e não precisam receber reforço.
Febre amarela
Febre amarela é uma doença transmitida através da picada de mosquitos infectados à pessoas não vacinadas. O vírus não passa de pessoa a pessoa.
Existe dois tipos de epidemiológicos de transmissão, o silvestre e o urbano. Porém as características são as mesmas. No ciclo silvestre os primatas são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus. Nesse caso o homem recebe a doença acidentalmente ao entrar em áreas de matas. Quando se trata de ciclo urbano o homem é o único hospedeiro e a transmissão ocorre a partir do aedes aegypti infectados.
Os sintomas da febre amarela aparecem entre três a seis dias após a infecção. Incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Uma boa parte das pessoas apresentam melhoras após os sintomas iniciais. Por outro lado 15% apresentam uma breve melhora, desenvolvendo em seguida a forma mais grave da doença.
Nesse caso a pessoa pode desenvolver febre alta, coloração amarelada da pele e no branco dos olhos, hemorragias, choque e insuficiência dos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença em estágio grave podem morrer. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença.
O paciente diagnosticado com a doença deve permanecer em repouso sob hospitalização, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas. Em casos graves o mesmo deve ser encaminhado para Unidade de Terapia Intensiva(UTI), para reduzir os riscos de morte.
Para prevenir a febre amarela o Sistema Único de Saúde disponibiliza vacina para a população. Desde abril de 2017, o Brasil adotou o sistema de vacinação de apenas uma dose em toda a vida. Todas as pessoas que residem em locais com matas, rios devem tomar a vacina pois são consideradas áreas de risco. O ministério da saúde recomenda a vacina de febre amarela para quem for viajar para esses lugares. E deve ser aplicada pelo ao menos dez dias antes do deslocamento . No país a vacinação é recomendada a partir dos nove meses de vida.
Mas também há os grupos que não podem tomar a vacinação por causa de reações graves, são as gestantes, idosos, pessoas em quimioterapia. Portanto esses indivíduos devem evitar picadas de mosquitos usando camisas de manga longa, calça comprida, repelentes, e se possível telas antimosquito para os cômodos da casa.
Aqueles que pretendem doar sangue deve esperar 30 dias após a vacinação, para o vírus presente na corrente sanguínea durante três semanas não acabe em outro paciente com o sistema imunológico debilitado e cause diversas reações.
foto: divulgação