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Indaiatubanos relatam demora para conseguir sacar o auxílio emergencial

por HUGO ANTONELI JUNIOR

Mais de 96 milhões de brasileiros tentaram receber o auxílio emergencial. Para 32 milhões o benefício foi negado. Para mais de 56 milhões foi concedido. Mas a conta não bate. O Comando Notícia perguntou aos indaiatubanos se eles conseguiram obter o auxílio. Pelo menos dois deles disseram enfrentar problemas.

Josué Cavallaro, morador do Parque das Nações, conta que está desempregado e esperando há um mês. “Não tive nem sinal. Liguei até no 151, mas não fazem nada, pedem para aguardar apenas”, reclama. Atualmente ele não está trabalhando e tem dois filhos para criar. “Tenho fé que logo melhora”, diz.

“Quem consegue? O aplicativo está sempre sobrecarregado. Nós esperamos por quase uma hora para dar erro”, afirma Bruna Andrade, do Tancredo Neves. “Eu fiz o cadastro assim que lançou o auxílio. Fui aprovada no dia 18 e no dia 20 mandou eu abrir uma conta digital. Estou esperando para conseguir pelo menos entrar no aplicativo. Tento entrar de dia, tarde, noite e madrugada e não está indo”, relata.

Ela diz que não foi à agência. “Minha cunhada foi e disseram que tem que esperar o aplicativo, porque na agência eles dizem que não podem fazer nada. Fico feliz em quem consegue sacar, esperando por minha vez. Tem quem recebeu a primeira e vai receber a segunda. Eu não consegui nem a primeira”, conta. A empresa em que ela trabalha está voltando aos poucos, mas ela não está recebendo tudo. “Ainda estou conseguindo me virar, mas fico mal por quem perdeu o serviço e não tem onde tirar dinheiro, não consegue sacar.”

Governo Federal

O governo federal já processou 96,9 milhões de cadastros inscritos no programa de auxílio emergencial de R$ 600 e rejeitou o pagamento para 32,8 milhões de pessoas. Segundo o Ministério da Cidadania, os CPFs dessas pessoas foram analisados pelo sistema e considerados inelegíveis, segundo as regras do programa.

“São pessoas que não tinham, perante a legislação, a habilitação. Isso demonstra claramente que houve as tentativas de burla à legislação, e isto acabou dificultando a rapidez da análise daqueles que tinham direito”, afirmou nesta quinta-feira (30) o ministro em coletiva de imprensa para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, no Palácio do Planalto,. 

O auxílio emergencial foi um programa aprovado pelo Congresso Nacional para assegurar o pagamento de uma renda básica no valor R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante três meses, por causa dos efeitos da pandemia. O ministro também informou que cerca de 13,6 milhões de cadastros ainda não tiveram a análise concluída porque o sistema acusou duplicidade de informações, que é quando mais de um membro da mesma família realiza o cadastro no programa.

foto: reprodução/Comando Notícia