INSS de Indaiatuba e Valinhos têm suspensão parcial de serviços por greve dos servidores; nº de cidades afetadas sobe para 5

Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Indaiatuba (SP) e Valinhos (SP) decidiram aderir à greve nacional e as agências amanheceram com funcionamento parcial nesta segunda-feira (28). Perícias médicas continuam sendo realizadas, mas demais agendamentos podem ter alterações.
A paralisação dos funcionários da Previdência Social por reajuste salarial e melhores condições de trabalho já afeta o funcionamento de unidades em cinco cidades da região de Campinas. A mobilização começou no dia 23 de março e também ocorre em outros estados.
De acordo com o Sindicato dos Servidores da regional de Campinas (Sinsprev), os funcionários de Indaiatuba , incluindo os que ficam em teletrabalho, aderiram ao movimento. A média de atendimentos presenciais foi de 1 mil pessoas por mês até fevereiro deste ano.
Alguns agendamentos que podem ser atendidos por militares temporários – distribuídos em unidades da região para auxílio na demanda desde o ano passado – seguem sendo realizados. Para demais situações, os beneficiários devem ligar no telefone 135 para reagendar ou tentar fazer o processo online.
Em Valinhos, a adesão foi do setor de assistência social, responsável por fazer a avaliação social dos beneficiários. Segundo o sindicato, os demais trabalhadores não entraram em greve. A agência não possui o serviço de perícia médica, e realizou média mensal de 500 atendimentos presenciais até fevereiro.
Greve de servidores em agência de Indaiatuba — Foto: Sinsprev/Divulgação
Greve do INSS na região
- Campinas : unidade Amoreiras fechada e unidade Centro com perícias médicas funcionando desde 23 de março.
- Hortolândia: agência fechada desde 23 de março.
- Sumaré: agência com funcionamento parcial de perícias e serviços administrativos desde 24 de março.
- Indaiatuba: unidade com funcionamento de perícias e serviços administrativos desde 28 de março.
- Valinhos: unidade sem atendimento de avaliação social desde 28 de março.
A reportagem tenta contato com o INSS para ter um posicionamento sobre a paralisação desde o início da mobilização, mas ainda não teve retorno.
Agência do INSS de Indaiatuba aderiu à greve dos servidores — Foto: Sinsprev/Divulgação
Situação das demais agências
O Sinsprev informou que as demais cinco unidades da gerência regional de Campinas ainda mantêm o funcionamento normal. São elas:
- Americana
- Pedreira
- Santa Bárbara d’Oeste
- Cosmópolis
- Nova Odessa
Reivindicações dos servidores
Neste fim de semana, dados obtidos pelo jornal O Globo apontaram total de 2,85 milhões de pessoas à espera de respostas da Previdência Social – número que supera em 1 milhão a estimativa do sindicato da categoria – em todo o Brasil.
São casos de pedidos de aposentadorias, pensões, licenças médicas e outros benefícios, incluindo os que necessitam de perícia médica.
O sindicato afirma que o poder de trabalho caiu pela metade nos últimos anos e não houve reposição de servidores ou concursos realizados.
No dia 13 de março, o sindicato denunciou a reportagem que a retomada de todos os atendimentos presenciais, iniciada no dia 14, era algo inviável diante do número atual de servidores e da estrutura das agências.
A categoria é contra a terceirização de funcionários nas agências e pede melhorias nas condições trabalhistas. Reivindica, ainda, reajuste emergencial de 19,99%, para cobrir perdas salariais dos últimos três anos, e o arquivamento da PEC 32 (reforma administrativa) e a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, referente ao teto de gastos.
Foto: Sinsprev/Divulgação