CidadesJundiaí

Jovem coloca o celular para carregar e é atingido por raio em Jundiaí

O jovem de 26 anos que foi atingido por um raio enquanto estava no banheiro dentro de casa, em Várzea Paulista (SP), relatou que momentos antes de sofrer a descarga elétrica tinha colocado o celular para carregar e estava com o aparelho na mão.

O caso foi registrado na última  segunda-feira (11) durante temporal na cidade. Em entrevista, Lucas Monteiro Semolini ressaltou que foi um momento assustador.

“Eu tinha acabado de colocar o celular para carregar, estava com ele na mão, quando senti o choque. Raio veio pelo carregador e me atingiu. Meu corpo paralisou. Foi muito rápido. Minha voz parou de sair. Estava indo tomar banho. Então, acho que, se isso acontecesse alguns minutos depois, eu poderia ter morrido”, diz.

Após a descarga, Lucas foi socorrido e encaminhado para o Hospital São Vicente, em Jundiaí (SP), onde ficou internado até terça-feira (12). Agora, ele se recupera do susto em casa com a família.

Especialistas explicam que os raios aparecem mais justamente no verão e janeiro é a temporada. Quanto mais quente fica o ar, mais leve ele fica, e mais rápido sobe para a atmosfera. No encontro com temperaturas mais frias, há formação de gotículas de gelo que se chocam dentro das nuvens, formando a eletricidade.

“A corrente média de um raio medido aqui no Brasil é cerca de 1.240 vezes maior que a corrente de um chuveiro elétrico de alta potência, de 7500 watts, aquela corrente que é capaz de aquecer a água que nós tomamos banho. Então, você imagina uma corrente 1.200 vezes maior que ela”, destaca Silvério Visacro, pesquisador da UFMG.

Quando há formação de nuvens com raios no horizonte, o melhor a fazer é evitar lugares abertos. Buscar abrigo em prédios, pontos de ônibus ou dentro de carros, por exemplo.

A possibilidade de uma pessoa ser atingida por um raio é de uma em 1 milhão, mas, no Brasil, essas descargas elétricas matam cerca de 130 pessoas por ano, segundo o Inpe. Foram 144 milhões raios registrados no ano passado no Brasil, o que pode ser explicado pelo La Niña. O fenômeno resfriou as águas do Oceano Pacífico na região equatorial e alterou a circulação da atmosfera no planeta.