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Jovens indaiatubanas falam sobre ser “mães de pet”

JOSEANE MIRANDA

Mãe de pet. O termo que surgiu no Brasil nos últimos anos é polêmico, mas não há como negar que muitas mulheres se consideram mães de seus animaizinhos. Neste dia das Mães, o Comando Notícia traz a história de duas jovens que relatam amor e gratidão por seus animais de estimação.

Alyne Cervo Martinez, jornalista, 27 anos, é uma delas. Ano passado ela perdeu uma filhinha de patas depois de uma convivência de aprendizado e amor. “Eu amo ser mãe de pet. Eu tinha uma cachorrinha que faleceu ano passado com 14 anos e ela era a paixão da minha vida. Foi embora uma parte de mim porque ela realmente parecia gente. Eu até falo que tudo que ela queria ou precisava a gente entendia só no olhar”, relata.

Alyne com a “filha” Chanel.

Após a morte de Katty, uma Lhasa, Alyne “adotou como segunda filha” a Chanel, da raça Spitz, hoje com um ano e cinco meses. Uma bebezinha pet ainda. “Infelizmente ela morreu e eu peguei a minha cachorrinha que tenho agora. Ela fica comigo grudada, dorme comigo. Então, eu me considero mãe de pet sim”, diz.

Para Alyne, nem as travessuras de Chanel são capazes de diminuir o amor. “É novinha ainda e faz muita brincadeira, apronta umas coisinhas ainda, mas eu acho que é como se fosse um filho. A gente cria esse laço com o pet; laço de mãe e filho. Meu sentimento é de muito amor e gratidão pela minha filhinha”, confessa.

A ligação especial de Alyne com os animais é desde a infância. “Desde criança eu tenho uma ligação muito diferente com os animais. Eu vejo que o meu amor é incondicional com os cachorros. Eu amo cachorro. Eu sou daquelas pessoas que se doam para eles. Se precisar ficar o dia inteiro sem sair e ficar com o cachorro eu fico porque eu amo”, fala. Ela diz que apesar de se considerar e sempre dizer que é mãe de pet não vai ter uma comemoração especial para a data deste domingo.

“Eu me sinto uma mãe de pet muito feliz, mas o Dia das Mães vai ser normal. Meu sentimento para meu filho de patas é muito amor. Às vezes rola uma raiva porque eles aprontam umas coisinhas, a gente brinca com eles, mas é um amor muito puro. É muita gratidão e muito amor de ter um animalzinho do nosso lado, um companheiro mesmo. Quando a gente está brava ele vem querer nos agradar. Muitas vezes é libertador porque a gente precisa de um consolo e a gente encontra nesse bichinho”, conta. 

A jornalista costuma brincar com Chanel perguntando qual presente ela vai dar para a mamãe. Neste sábado (11) recebeu uma surpresa da própria mãe. “Eu nunca tinha recebido, mas hoje minha mãe chegou e falou: olha a Chanel deu para você um presente do Dia das Mães. Então, hoje eu tenho um presente do Dia das Mães, mas nunca tinha recebido não”, afirma

Zeus

A estudante de Rádio e TV, Julia Madrid, de 24 anos, também tem um pet bebê Pit bull em casa. Zeus vai fazer um ano em junho e é um dos amores da vida dela. Julia conta que o amor aos animais é herança dos pais. “Sim, eu sempre tive animais na família e sempre senti muito amor por eles. Meus pais sempre me ensinaram a amar e respeitar todo tipo de vida, então com os animais não foi diferente”.

A estudante também assume o título de “mãe de pet” e querendo fugir das polêmicas explica que sabe a diferença entre ser mãe de pet e mãe de humanos. “Eu me intitulo mãe de pet mais como uma brincadeira. Sei que ser mãe requer muito mais do que cuidar de um bichinho, mas o amor não é menor do que uma mamãe de humano”, afirma.

Ela diz que quando precisa sair de casa fica preocupada se Zeus está bem, se está com frio, se o que deixou de água e comida foram suficientes, se ele está se sentindo muito só. “Então, sempre que estou por perto faço de tudo para deixá-lo muito feliz e, para que ele se sinta amado da mesma forma como me ama”, revela.

O pequeno grande Zeus.

“Acredito que ser mãe de verdade está num patamar muito acima. Porém, não posso negar que estou feliz de ser o primeiro dia das mães com o meu pet. Não tenho intenção de comemorar com algo especial, só manter ele por perto,
não o deixar sozinho”, afirma.

Ela só deseja ver a alegria de Zeus. “Acho que presente mesmo é ver a alegria com que ele me recebe todos os dias. Meu sentimento é de gratidão. Eles têm um jeito puro de amar, de dedicar a vida à nós. Recentemente perdi um filhote de gato que adotamos para ser irmão do Zeus e ele chorou verdadeiramente com a perda, sofreu junto a nós. Quem diz que animais não entendem está bastante equivocado”, afirma. Ela diz que hoje não consegue imaginar a vida “sem os gatos e cachorros que vivem com meus pais, muito menos com meu pequeno Zeus”, fala.

fotos: arquivo pessoal