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Lançamentos tem Robert Downey Jr. como Dolittle e Harrison Ford em filme de cachorro

MARCOS KIMURA*

Três filmes chegam esta semana na programação regular dos cinemas de Indaiatuba: “Dolittle”, com Robert Downey Jr.; “O Chamado da Floresta”, com Harrison Ford; e “Maria e João – O Conto das Bruxas”. O astro Robert Downey Jr. fez desta adaptação do personagem de Hugh Lofting um projeto pessoal, algo para se manter no topo da indústria depois do Homem de Ferro.

A julgar pelas críticas, não deu certo. Para quem não conhece, o doutor Dolittle é um médico-veterinário que consegue falar com os animais. Ele já foi vivido por Eddie Murphy em dois filmes, em 1998 e 2001; e por Rex Harrison, em 1967, numa superprodução musical tão desastrosa que foi usada pelo autor Mark Harris (“Cenas de uma revolução – O nascimento da Nova Hollywood”) pra ilustrar o fim da “velha” Hollywood.

“Dolittle” traz no elenco ainda Antonio Banderas (recém-indicado ao Oscar por “Dor e Glória”), Michael Sheen (“Frost/Nixon”), Jim Broadbent (“Moulin Rouge”) e Jessie Buckley (vista recentemente em “Judy: Muito além do Arco-Íris”). A direção é de Stephen Graham, de “Syriana – A Indústria do Petróleo”. 

Filme de cachorro

“O Chamado da Floresta” é inspirado no clássico de Jack London publicado em 1903 e que tinha como pano de fundo histórico a Corrida do Ouro no Alasca, a mesma em que Charles Chaplin ambienta seu “Em busca do Ouro”. No Brasil, o romance foi intitulado “O Chamado Selvagem” e teve como uma das tradutoras Clarice Lispector.

A jornada de Buck, um cachorro doméstico roubado de seu lar e submetido a maus tratos para se tornar puxador de trenó no Yukon, no final do século XIX, é transportada para os dias atuais e ele vira companheiro de um envelhecido Harrison Ford no Alasca. Ou seja, transformaram um dos mais famosos romances americanos num filme de pet. Também estão no elenco Karen Gillian (em cartaz com “Jumanji 2”), Omar Sy (“Intocáveis”) e Bradley Withford (“Corra!”).

Conto de fadas do mal

Originalmente, os contos de fadas eram muito mais aterrorizantes e sangrentos, mesmo nas versões edulcoradas dos Irmãos Grimm e Perrault. “Maria e João – O Conto das Bruxas” – numa inversão politicamente correta, talvez para não ser confundida com a aventura recente com Jeremy Renner – reforça os tons sombrios da fábula. Há muito tempo, em um campo distante, Maria (Sophia Lillis, a ruiva de “It – A Coisa”) leva seu irmãozinho João (Sammy Leakey) a um bosque escuro, em uma busca desesperada por comida e trabalho.

Quando eles encontram Holda (Alice Krige, que já foi a Rainha Borg em “Jornada nas Estelas: Primeiro Contato”), uma misteriosa mulher que reside na floresta, os dois irmãos descobrem que nem todo conto de fadas termina bem. A direção é de Oz Osgood (“O Último Capítulo”).

Sessão Lumiére

A Sessão Lumiére desta quinta-feira, no Topázio do Polo Shopping, é “Minha Irmã de Paris”, de Anne Giafferi (“Amor ao primeiro filho”). Uma atriz decide contratar uma “dublê” para tomar seu lugar no set de filmagens, depois que uma cirurgia plástica dá errado. E a impostora não poderia ser mais prefeita: é a sua própria irmã gêmea – que ela nem sabia da existência. A protagonista é Mathilde Seigner, irmã da musa e esposa de
Roman Polanski, Emmanuelle Seigner.

*Marcos Kimura é jornalista e curador do Cineclube Indaiatuba (SP).

fotos: reprodução